Tim Cannon criou este sensor e implantou-o no próprio braço
"Biohacker" conhecido como "DIY Cyborg" testa em si próprio implante subcutâneo chamado Circadia 1.0. Este sensor transmite dados biométricos para aparelhos com sistema operativo Android e vai estar à venda por 373 euros
“Quero viver mil anos, não quero morrer e não entendo por que alguém havia de querer.” O "biohacker" Tim Cannon quer usar a tecnologia para melhorar a sua saúde e aumentar a esperança de vida. Para isso, resolveu implantar um sensor subcutâneo no braço esquerdo — o Circadia 1.0 —, numa cidade alemã chamada Essen.
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“Quero viver mil anos, não quero morrer e não entendo por que alguém havia de querer.” O "biohacker" Tim Cannon quer usar a tecnologia para melhorar a sua saúde e aumentar a esperança de vida. Para isso, resolveu implantar um sensor subcutâneo no braço esquerdo — o Circadia 1.0 —, numa cidade alemã chamada Essen.
Os bio-hackers procuram “ultrapassar os limitações da evolução” e trabalham à margem da medicina convencional, combinando a tecnologia com o corpo humano. Por essa razão, Tim Cannon, da empresa Grindhouse (especializada em "biohacking"), não contou com o apoio de cirurgiões ou anestesistas durante a implantação do sensor, apenas com Steve Haworth, um entusiasta de modificações corporais que se dedica a fazer este tipo de trabalho, como conta o vídeo do site Motherboard.
O Circadia 1.0, implantado sob uma tatuagem, permite que Tim saiba o que se passa com o seu corpo: periodicamente são enviados dados biométricos para uma aplicação que corre em qualquer "smartphone" ou "tablet" com o sistema operativo Android. Este pequeno aparelho recolhe a informação e envia-a para os "gadgets" com os quais está sincronizado via Bluetooth. A bateria pode ser recarregadada sem fios.
"DIY Cyborg"
“Ao contrário de computadores que se podem usar e aparelhos que gravam dados biométricos, como o Fitbit, o aparelho subcutâneo é ‘open-source’ e permite ao utilizador o controlo total de como as informações são recolhidas e usadas”, explica o mesmo site, que apelida este projecto de “DIY cyborg” (“do-it-yourself cyborg”, isto é, um "cyborg" tipo "faça-você-mesmo").
“O aparelho ilumina-se, dança, carrega facilmente e vem em quase qualquer forma ou tamanho”, pode ler-se no site da Grindhouse. “Queremos assegurar que o futuro da tecnologia está nas tuas mãos, acessível e fácil de obter.” “Se, por exemplo, eu tiver um dia stressante, o Circadia vai comunicar com a minha casa e preparar uma atmosfera agradável e relaxante para quando eu chegar: diminuir a luz ou preparar um banho quente”, continuou Tim em declarações à Motherboard. Do mesmo modo, se o implante achar que Tim pode vir a ter febre, envia uma mensagem para o "smartphone" ou "tablet".
Não é ainda conhecida uma data para o lançamento do produto no mercado, mas o mesmo site avança que o Circadia 1.0 vai custar à volta de 500 dólares (cerca de 373 euros). Uma futura versão do aparelho pode incluir a medição do ritmo cardíaco e assumir outras formas e tamanhos.