Atum viajou 6370 quilómetros e bateu recorde de distância percorrida

Marcado por um pescador em colaboração com investigadores, viajou a maior distância até agora registada para um atum.

Foto
Marcação de um atum AZTI-Tecnalia

As campanhas de marcação promovidas pelo País Basco desde 2001 têm contado com a participação quer de pescadores profissionais e desportivos quer de investigadores. Desde que a AZTI-Tecnalia, que desenvolve investigação marinha e alimentar, se envolveu nestas campanhas, foram marcados milhares de exemplares de atum, entre albacoras, atuns-rabilho, atuns-patudo e gaiados.

Os pescadores, como Fernando Zapirain, que marcou esta albacora a bordo da sua embarcação Kutxi Kutxi, recebem formação sobre como manusear os peixes durante a marcação. Ao ser capturada ao largo da Venezuela, por um pescador da embarcação Black Marlin, torna-se o registo mais a sul na sua área de reprodução no Atlântico Norte. O exemplar foi entregue ao Instituto de Oceanografia da Venezuela, para que integrasse a base de dados central do ICCAT.

A albacora (Thunnus alalunga) é um atum que vive em alto mar, preferindo profundidades que rondam os 300 metros. São encontradas em todas as águas tropicais e temperadas, sendo conhecidas por percorrerem largas distâncias e por atingirem velocidades de 80 quilómetros por hora. Muitas vezes deslocam-se em grandes cardumes predadores, que podem chegar aos 30 quilómetros de largura, com outras espécies de atum.

Os 6370 quilómetros percorridos, em linha recta, por esta albacora, entre o País Basco e a Venezuela, destronam o anterior recordista, um atum-rabilho marcado na mesma zona. Este percorreu 6170 quilómetros (também em linha recta) e foi recapturado ao largo dos Estados Unidos, numa latitude equivalente à do ponto de origem. Nos últimos seis anos e meio, a albacora agora recapturada cresceu dos 50 para os 100 centímetros e passou dos 2,5 para os 21,8 quilogramas.

As marcas, contendo um código e o contacto da AZTI-Tecnalia, pretendem contribuir para a obtenção de informação relativa aos movimentos e migrações, stocks de peixe, crescimento, tamanho da população e fisiologia, permitindo às entidades reguladoras gerir as cotas de pesca para as várias espécies de atum, antes que entrem em perigo de extinção.
 

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As campanhas de marcação promovidas pelo País Basco desde 2001 têm contado com a participação quer de pescadores profissionais e desportivos quer de investigadores. Desde que a AZTI-Tecnalia, que desenvolve investigação marinha e alimentar, se envolveu nestas campanhas, foram marcados milhares de exemplares de atum, entre albacoras, atuns-rabilho, atuns-patudo e gaiados.

Os pescadores, como Fernando Zapirain, que marcou esta albacora a bordo da sua embarcação Kutxi Kutxi, recebem formação sobre como manusear os peixes durante a marcação. Ao ser capturada ao largo da Venezuela, por um pescador da embarcação Black Marlin, torna-se o registo mais a sul na sua área de reprodução no Atlântico Norte. O exemplar foi entregue ao Instituto de Oceanografia da Venezuela, para que integrasse a base de dados central do ICCAT.

A albacora (Thunnus alalunga) é um atum que vive em alto mar, preferindo profundidades que rondam os 300 metros. São encontradas em todas as águas tropicais e temperadas, sendo conhecidas por percorrerem largas distâncias e por atingirem velocidades de 80 quilómetros por hora. Muitas vezes deslocam-se em grandes cardumes predadores, que podem chegar aos 30 quilómetros de largura, com outras espécies de atum.

Os 6370 quilómetros percorridos, em linha recta, por esta albacora, entre o País Basco e a Venezuela, destronam o anterior recordista, um atum-rabilho marcado na mesma zona. Este percorreu 6170 quilómetros (também em linha recta) e foi recapturado ao largo dos Estados Unidos, numa latitude equivalente à do ponto de origem. Nos últimos seis anos e meio, a albacora agora recapturada cresceu dos 50 para os 100 centímetros e passou dos 2,5 para os 21,8 quilogramas.

As marcas, contendo um código e o contacto da AZTI-Tecnalia, pretendem contribuir para a obtenção de informação relativa aos movimentos e migrações, stocks de peixe, crescimento, tamanho da população e fisiologia, permitindo às entidades reguladoras gerir as cotas de pesca para as várias espécies de atum, antes que entrem em perigo de extinção.