Descoberto na China raro fóssil de insectos a acasalar
O comportamento sexual destes animais parece ter permanecido inalterado desde o Jurássico.
O fóssil mostra um casal da espécie Anthocytina perpetua, pequeno insecto que salta de planta em planta, à maneira de uma minúscula rã.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O fóssil mostra um casal da espécie Anthocytina perpetua, pequeno insecto que salta de planta em planta, à maneira de uma minúscula rã.
Este tipo de fósseis é muito raro, o que faz com que o conhecimento actual das posições de acasalamento e a orientação dos órgãos sexuais dos primórdios da evolução destes insectos seja limitado.
O acasalamento “fóssil” decorre frente a frente, com o órgão reprodutor do macho a introduzir-se na estrutura sexual da fêmea, explica em comunicado a revista Plos One, onde a descoberta foi agora publicada.
“Estes dois insectos permitem-nos vislumbrar um interessante comportamento e fornecem dados importantes para perceber a posição do acasalamento e a orientação dos órgãos genitais dos insectos no Jurássico Médio”, diz Dong Ren, da Universidade Normal da Capital em Pequim (China) e autor principal do artigo, citado pelo mesmo documento.
A comparação com a forma de acasalamento dos insectos actuais da mesma espécie, escrevem os cientistas, sugere que esse comportamento terá permanecido inalterado ao longo da evolução.