Last Vegas - Despedida de Arromba
No papel, a ideia de uma versão “geriátrica” da "Ressaca", com quatro seniores à solta em Las Vegas para a (tardia) despedida de solteiro de um deles, é bastante preocupante. Felizmente, "Last Vegas" é melhor do que a sinopse dá a entender, mesmo que Jon Turteltaub ("O Tesouro") filme tudo em estrito modo tarefeiro anónimo e a coisa caia não poucas vezes na publicidade mal disfarçada a um hotel de luxo na “cidade do pecado”. O que o salva começa por ser o guião, a cargo de Dan Fogelman (que escreveu em "Amor, Estúpido e Louco" uma das melhores comédias americanas recentes), e que consegue evitar com alguma elegância a brejeirice rasteira, ancorando o humor nas personagens em vez de tentar metê-las a martelo dentro do caderno de encargos. Há, até, alguma melancolia bem-vinda nesta “última festa” de quatro cavalheiros às voltas com o tempo e a idade que começam a pesar. Em grande parte, é certo, também graças ao quarteto de luxo escalado para lhes dar corpo: Michael Douglas (69 anos), Robert de Niro (70), Morgan Freeman (76) e Kevin Kline (66). Que fazem coisas destas com uma perna às costas, e que não devem ter tido de se esforçar muito, mas que só por estarem a fazê-la todos juntos dão a Last Vegas um empurrão de energia e descontracção que o faz descolar sem esforço e andar ali a planar durante hora e meia. Plana baixinho, é certo, mas ao menos aqui ninguém vai ao engano: é uma comédia levezinha, divertida, despretensiosa, e francamente melhor do que tudo nela, do título ao conceito, dá a entender.
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No papel, a ideia de uma versão “geriátrica” da "Ressaca", com quatro seniores à solta em Las Vegas para a (tardia) despedida de solteiro de um deles, é bastante preocupante. Felizmente, "Last Vegas" é melhor do que a sinopse dá a entender, mesmo que Jon Turteltaub ("O Tesouro") filme tudo em estrito modo tarefeiro anónimo e a coisa caia não poucas vezes na publicidade mal disfarçada a um hotel de luxo na “cidade do pecado”. O que o salva começa por ser o guião, a cargo de Dan Fogelman (que escreveu em "Amor, Estúpido e Louco" uma das melhores comédias americanas recentes), e que consegue evitar com alguma elegância a brejeirice rasteira, ancorando o humor nas personagens em vez de tentar metê-las a martelo dentro do caderno de encargos. Há, até, alguma melancolia bem-vinda nesta “última festa” de quatro cavalheiros às voltas com o tempo e a idade que começam a pesar. Em grande parte, é certo, também graças ao quarteto de luxo escalado para lhes dar corpo: Michael Douglas (69 anos), Robert de Niro (70), Morgan Freeman (76) e Kevin Kline (66). Que fazem coisas destas com uma perna às costas, e que não devem ter tido de se esforçar muito, mas que só por estarem a fazê-la todos juntos dão a Last Vegas um empurrão de energia e descontracção que o faz descolar sem esforço e andar ali a planar durante hora e meia. Plana baixinho, é certo, mas ao menos aqui ninguém vai ao engano: é uma comédia levezinha, divertida, despretensiosa, e francamente melhor do que tudo nela, do título ao conceito, dá a entender.