Durão Barroso condena "assassínio bárbaro" de jornalistas no Mali
Claude Verlon (53 anos) e Ghislaine Dupont (57 anos), foram "friamente assassinados pelos grupos terroristas que combatemos no Mali", disse o ministro francês dos Negócios Estrangeiros.
"Foi um assassínio bárbaro, recebemos a notícia com tristeza e indignação", declarou Durão Barroso à RFI. Claude Verlon (53 anos) e Ghislaine Dupont (57 anos), foram "friamente assassinados pelos grupos terroristas que combatemos no Mali", afirmou por sua vez o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, no final de uma reunião de emergência convocada esta manhã pelo Presidente François Hollande para discutir o que se terá passado.
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"Foi um assassínio bárbaro, recebemos a notícia com tristeza e indignação", declarou Durão Barroso à RFI. Claude Verlon (53 anos) e Ghislaine Dupont (57 anos), foram "friamente assassinados pelos grupos terroristas que combatemos no Mali", afirmou por sua vez o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, no final de uma reunião de emergência convocada esta manhã pelo Presidente François Hollande para discutir o que se terá passado.
Fabius especificou que Verlon foi alvejado com duas balas e Dupont com três, depois de terem sido raptados por um pequeno comando e levados para fora de Kidal, uma cidade na zona mais a Norte do Mali. "Os seus cadáveres foram recuperados a cerca de 12 quilómetros, a poucos metros do seu carro, fechado à chave, e não havia sinais de impacto de balas no veículo", contou o ministro francês.
Os jornalistas foram raptados no sábado, a meio do dia, frente à casa de um líder do MNLA – Movimento Nacional para a Libertação do Azawad, uma organização da rebelião tuaregue que defende uma maior autonomia no Mali, que tinham acabado de entrevistar.
França levou a cabo uma intervenção militar no Mali no início deste ano para expulsar do Norte do país grupos jihadistas que se tinham infiltrado no Norte do país, alguns deles com ligações à Al-Qaeda no Magreb Islâmico, e assumido o controlo de parte importante do território, nomeadamente da cidade património mundial de Timbuctu.
"A segurança da zona onde se registou o ataque e áreas vizinhas vai ser ser aumentada", garantiu Laurent Fabius. Cerca de 200 soldados franceses, diz a AFP, estão ainda estacionados no aeroporto de Kidal, uma região que dificilmente é controlada pela capital, Bamako.
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), entretanto, apelou aos jornalistas presentes no Mali que usem da máxima prudência. "A FIJ apela aos jornalistas do Mali e correspondentes da imprensa internacional no país que dupliquem a vigilância e que ponham em prática protocolos de segurança eficazes", disse, em comunicado, a organização, que representa cerca de 600 mil profissionais em todo o mundo.