Ex-governante Paulo Júlio vai ser julgado por prevaricação por decisão da Relação de Coimbra
O caso remonta a 2008, quando a Câmara de Penela abriu um concurso para a chefia da divisão de Cultura,Turismo, Desporto e Juventude a que só se podiam candidatar pessoas licenciadas em História da Arte, e cujo júri era presidido pelo próprio Paulo Júlio. Três anos depois a Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) entendeu que o concurso não tinha preenchido todas as formalidades legais, tendo-o participado ao Ministério Público.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O caso remonta a 2008, quando a Câmara de Penela abriu um concurso para a chefia da divisão de Cultura,Turismo, Desporto e Juventude a que só se podiam candidatar pessoas licenciadas em História da Arte, e cujo júri era presidido pelo próprio Paulo Júlio. Três anos depois a Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) entendeu que o concurso não tinha preenchido todas as formalidades legais, tendo-o participado ao Ministério Público.
Em Janeiro, o Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra acusou Paulo Júlio de um crime de prevaricação de titular de cargo político, punível com prisão entre dois a oito anos. Foi na sequência desta acusação que o então secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, que entrara para o Governo de Pedro Passos Coelho, em 2011, se demitiu.
Na sua edição online, o semanário Campeão das Províncias avançou na quarta-feira que o Tribunal da Relação de Coimbra decidiu "sujeitar a julgamento o ex-presidente do município de Penela Paulo Júlio, sob suspeita de eventual prevaricação devido a um concurso camarário para a chefia de uma divisão", o que depois foi confirmado à Lusa pelo próprio. A informação foi também confirmada pelo PÚBLICO.
Paulo Júlio disse que tinha sido informado da decisão da Relação de Coimbra pelo seu advogado, António Manuel Arnaut, mas escusou-se a indicar outros pormenores.