Consumo de café associado a menor risco de cancro do fígado
Investigadores da Universidade de Milão estudaram mais de três mil casos de pessoas com carcinoma hepatocelular, a forma mais comum de cancro no fígado
Boas notícias para os amantes de café. Um estudo elaborado na Universidade de Milão, em Itália, conclui que o consumo de café pode diminuir em 40% o risco de aparecimento de carcinoma hepatocelular, a forma mais comum de cancro no fígado.
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Boas notícias para os amantes de café. Um estudo elaborado na Universidade de Milão, em Itália, conclui que o consumo de café pode diminuir em 40% o risco de aparecimento de carcinoma hepatocelular, a forma mais comum de cancro no fígado.
Francesca Bravi, Cristina Bosetti, Alessandra Tavani, Silvano Gallus e Carlo La Vecchia, os investigadores, dedicaram-se, durante algum tempo, a analisar 3.153 casos de pessoas com aquela doença, em 16 estudos, feitos entre 1966 e 2012, sobre o assunto. Com este material, os investigadores não só concluíram o que já foi referido, mas também que o consumo de três chávenas de café, por dia, pode reduzir em 50% o risco de cancro no fígado.
"O efeito favorável do café no cancro do fígado pode ser explicável pela prevenção comprovada que o café tem na diabetes, um conhecido fator de risco para a doença, ou pelos efeitos benéficos que tem na cirrose e nas enzimas hepáticas", refere Carlo La Vecchia, em comunicado.
Ainda assim, e apesar de a amostra e dados cruzados utilizados pelos investigadores serem bastante consistentes, permance uma dúvida: se a relação entre o consumo de café e a redução do risco de aparecimento do carcinoma hepatocelular é, realmente, de causa-efeito, ou se isso acontece pelo facto de algumas pessoas que já sabiam que tinham problemas de fígado terem passado a consumir menos café para prevenir a contração da doença.