Segundo Orçamento Rectificativo aprovado na especialidade

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Papel do Parlamento reforçado na construção europeia Miguel Manso

Os deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública acordaram que, em vez do tradicional debate, os partidos que quisessem poderiam fazer uma intervenção inicial, procedendo-se posteriormente à votação do segundo Orçamento Rectificativo, artigo a artigo.

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Os deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública acordaram que, em vez do tradicional debate, os partidos que quisessem poderiam fazer uma intervenção inicial, procedendo-se posteriormente à votação do segundo Orçamento Rectificativo, artigo a artigo.

A segunda alteração ao orçamento para este ano foi apresentada menos de meio ano depois de o Governo ter feito a primeira alteração na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do orçamento (entre elas a suspensão do subsídio de férias a trabalhadores em funções públicas e pensionistas) que deixaram um buraco nas contas na ordem dos 1.326 milhões de euros.

No debate parlamentar na generalidade, que decorreu na semana passada, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque explicou aos deputados que esta segunda alteração do orçamento acontece porque as poupanças esperadas com a execução de fundos comunitários ficaram abaixo do esperado, a receita com a concessão de portos passou a estar prevista para 2014 e foi revista em baixa a receita contributiva para a Caixa Geral de Aposentações.

Do lado da despesa, foi preciso transferir mais dinheiro do orçamento para a Caixa Geral de Aposentações para compensar a perda de receita contributiva, também foi necessário transferir mais dinheiro para a União Europeia, devido aos reforços feitos no orçamento comunitário, e para a Segurança Social, para cobrir maiores encargos com pensões.

Apesar destes factores a agravar as contas, Maria Luís Albuquerque garantiu que as contas do Estado estão no bom caminho e que, para compensar estes desvios face às estimativas do primeiro rectificativo, o Governo já anunciou o regime excecional de regularização de dívidas fiscais e à Segurança Social.

O Governo conta também com uma melhor receita fiscal que a esperada e menores encargos com juros.