Portas quer “menos funcionários públicos e mais bem pagos”

Governo insiste em "flexibilizar" o vínculo dos trabalhadores do Estado, depois de o Tribunal Constitucional ter chumbado o diploma da requalificação.

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Acumulação de salários com pensões já passou por várias mudanças Pedro Granadeiro/NFactos

Depois de ter sido obrigado a recuar no despedimento dos funcionários públicos excedentes, o Governo volta a recuperar o tema. Mas de forma suavizada, falando agora em “flexibilizar” o vínculo do trabalhador.

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Depois de ter sido obrigado a recuar no despedimento dos funcionários públicos excedentes, o Governo volta a recuperar o tema. Mas de forma suavizada, falando agora em “flexibilizar” o vínculo do trabalhador.

Como contrapartida, o guião fala na necessidade de haver “abertura para negociar o tempo e as condições em que, num ciclo de crescimento económico que se aproxima, poderá recuperar-se, pelo menos gradual ou parcialmente, o rendimento dos funcionários e aposentados do Estado”.

Adicionalmente, deve ser negociada uma política que coordene “as reformas antecipadas nas Administrações Públicas, os objectivos de redução da despesa com pessoal através da requalificação, rescisões e trabalho e reforma a tempo parcial” com “indicadores de renovação e contratação”. O objectivo, referiu Paulo Portas, é “garantir o rejuvenescimento” do Estado e dos serviços.

O programa de rescisões por mútuo acordo, que já está em curso para os assistentes técnicos e operacionais, deve ser “um instrumento estável e voluntário de auto-reforma e renovação do Estado”, lê-se ainda no documento aprovado em Conselho de Ministros.

No curto prazo, o guião fala na negociação de legislação “reformista”, que promova o trabalho e a reforma a tempo parcial “como opções complementares, face à contracção salarial e à requalificação”.