Cinco mortos num acidente de automóvel na Praça Tiananmen
Os fotógrafos da AFP foram obrigados a apagar as imagens do jipe a arder sob a imagem de Mao Tsetung.
De acordo com a agência noticiosa chinesa Xinhua, morreram três ocupantes do jipe (um deles o condutor), uma turista japonesa e um homem identificado como sendo da província de Guangdong.
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De acordo com a agência noticiosa chinesa Xinhua, morreram três ocupantes do jipe (um deles o condutor), uma turista japonesa e um homem identificado como sendo da província de Guangdong.
A Cidade Proibida e a Praça de Tiananmen são os lugares turísticos mais procurados da capital chinesa. Junto à porta principal estavam dois grupos, de japoneses e de filipinos, sendo a maior parte dos feridos de entre eles.
A Xinhua não adianta qualquer explicação para o despiste ocorrido nesta praça que, devido ao seu simbolismo, é fortemente policiada e vedada, e onde só se circula em algumas zonas. Foi em Tiananmen que, em 1989, os estudantes chineses se manifestaram, exigindo uma abertura democrática no país, tendo o protesto sido esmagado pela força; não se sabe ao certo quantas pessoas morreram.
Minutos depois do acidente, a polícia vedou o acesso ao local e ergueu uma vedação para impedir que se visse o que se estava a passar. Os fotógrafos da AFP no local, relata a agência, foram presos e libertados poucos depois, quando concordaram em apagar as imagens que tinham no seu equipamento digital. Jornalistas da BBC foram também detidos, por alguns momentos.
As imagens que a AFP e a Reuters publicaram mostram o local do acidente visto de longe e já sem fogo ou fumo junto à imagem de Mao – o jipe incendiou-se. Na Sina Weibo (um híbrido entre o Twitter e o Facebook usado por 30% dos utilizadores da Internet chineses) podem ver-se imagens do jipe a arder quase debaixo da imagem de Mao e carros de bombeiros a chegarem à zona do acidente.
Em pouco tempo a polícia limpou o recinto e reabriu a Praça Tiananmen e a Cidade Proibida, que chegaram a estar fechadas.