Possíveis pais biológicos de Maria foram interrogados na Bulgária
Os Rusev fizeram exames de ADN e a polícia abriu uma investigação por "abandono de criança".
Esta estação de televisão mostrou imagens de dois filhos de Sasha e Atanas Rusev (um de 15 anos e outra de dois; no total são dez) que vivem numa casa muito pobre no acampamento cigano na cidade de Nikolaevo - a Nova diz que se trata de um "gueto" onde se vive na "miseravelmente".
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Esta estação de televisão mostrou imagens de dois filhos de Sasha e Atanas Rusev (um de 15 anos e outra de dois; no total são dez) que vivem numa casa muito pobre no acampamento cigano na cidade de Nikolaevo - a Nova diz que se trata de um "gueto" onde se vive na "miseravelmente".
O filho de 15 anos, Isus, disse que os pais reconheceram a criança na televisão – foram mostradas imagens de Maria quando era bebé e de todas as fases do seu crescimento; terá entre quatro e seis anos. E explicou que a mãe decidiu abandonar a filha por não ter dinheiro.
Os vizinhos, ouvidos pelos meios de comunicação social búlgaros, confirmaram que a família Rusev viveu na Grécia e alguns disseram saber que a bebé foi vendida por 250 euros.
A polícia não fez qualquer revelação sobre o caso, mas a AFP cita o departamento de investigação da cidade de Stara Zagora para avançar que foi aberto uma investigação "por abandono de criança" contra uma mulher cujas iniciais são S. Z. R. E a BBC noticiou que os Rusev fizeram análises de ADN enquanto estiveram na polícia.
Maria foi encontrada na Grécia a viver com um casal cigano num acampamento em Farsala, no Centro da Grécia. O casal que a criava foi acusado de rapto. Porém, nas declarações feitas à polícia, Christos Salis e Eleftheria Dimopoulou disseram que a criança lhes foi dada pela mãe biológica, pouco depois de nascer.
A criança foi descoberta durante uma rusga ao acampamento cigano em Farsala. A polícia, que procurava droga, viu a menina loira e de olhos verdes e estranhou não haver, naquela família, outra pessoa com as mesmas características físicas. Testes de ADN provaram que não era filha biológica do casal, que a registou depois de assinar um documento a dizer que o bebé tinha nascido em casa.
Na terça-feira, o Supremo Tribunal grego ordenou uma investigação a todas as certidões de nascimento passadas nos últimos seis anos a partir de declarações feitas pelos pais a dizerem que os seus bebés nasceram em casa, por considerar que Maria pode não ser "um caso isolado" e estarem activas no país redes de tráfico de crianças. Há dois anos, uma delas foi desmantelada – os traficantes levavam mulheres búlgaras grávidas para a Grécia, vendiam as crianças quando nasciam e as mães regressavam ao seu país.
As investigações motivadas pelo "caso Maria" permitiram ainda às autoridades gregas perceberem que há crianças registadas mas que não existem – existem apenas no papel, para que os "pais" recebem os respectivos abonos do Estado.