Prémios Cotec envolvem pela primeira vez institutos politécnicos

No dia 8 de Novembro, a COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação saberá a resposta ao seu último desafio à produção de inovação em Portugal e que foi dirigido aos politécnicos.

Foto
Cotec já tem substituto para Daniel Bessa Paulo Ricca

O director-geral da Cotec, Daniel Bessa, entende que “instituir um prémio tem muitos sentidos”. O que foi dirigido às universidades procurou sistematizar informação ainda “muito pouco sistemática” e “muito insuficiente” nas universidades e ter uma visão de conjunto sobre temas como o registo de patentes, criação de start-up universitárias, vendas, salários ou “se ganham ou não dinheiro” com a inovação que produzem. Ponto comum às universidades é que “têm muita dificuldade em compararem-se” ao contrário das empresas, sublinhou esta terça-feira, na apresentação da edição de prémios Cotec deste ano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O director-geral da Cotec, Daniel Bessa, entende que “instituir um prémio tem muitos sentidos”. O que foi dirigido às universidades procurou sistematizar informação ainda “muito pouco sistemática” e “muito insuficiente” nas universidades e ter uma visão de conjunto sobre temas como o registo de patentes, criação de start-up universitárias, vendas, salários ou “se ganham ou não dinheiro” com a inovação que produzem. Ponto comum às universidades é que “têm muita dificuldade em compararem-se” ao contrário das empresas, sublinhou esta terça-feira, na apresentação da edição de prémios Cotec deste ano.

Marçal Grilo, administrador da Gulbenkian e presidente do júri do concurso para os institutos politécnicos, lembra que algumas universidades não chegaram a apresentar candidatura no ano passado porque a “própria organização interna das universidades dificultou que tivessem uma resposta em tempo”, quando se tratavam de assuntos sobre os quais as empresas “são capazes de o fazer em 24 horas”.

Se o primeiro objectivo declarado dos responsáveis da Cotec é que os concursos destinados às universidades e aos politécnicos forneçam informação e melhorem a capacidade destas instituições, Marçal Grilo aponta também “um sentido pedagógico”: fazer com que “se tornem mais organizações, com objectivos, meios e metodologias”, num país que nunca teve tanta produção científica como agora.

Daniel Bessa admite que este tipo de informação passe a ser vital para uma espécie de bilhete de identidade das universidades e politécnicos, enquanto instituições. E pode chegar “um dia em que as pessoas que se ocupam destas matérias no Governo não conversem com entidades que não tenham este tipo de informação”.

Valorizar e estimular a inovação feita em Portugal é o traço comum a todas as iniciativas e que justifica também que uma das ideias avançadas agora por Daniel Bessa seja “levar uma grande escola de gestão de referência mundial que transforme um dos casos vencedores dos prémios Cotec num caso de estudo mundial”. A resposta que o economista procura agora é “quanto custa pôr esse caso em circulação mundial”.

Os prémios Cotec a atribuir no  próximo dia 27 são o Prémio Diáspora, Prémio PME Inovação Cotec-BPI, Prémio Produto Inovação e Prémio “Fomento do Empreendedorismo”.