Suécia: experiência e juventude

Perfil da selecção adversária de Portugal no play-off para o Mundial 2014.

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Erik Hamren comanda uma equipa que mistura experiência e juventude Jonathan Nackstrand/AFP

Quatro anos depois, as principais figuras da selecção sueca continuam a ser as mesmas: Zlatan Ibrahimovic é a estrela da companhia, tendo terminado a qualificação para 2014 com seis golos marcados. Andreas Isaksson ainda impõe a sua presença na baliza, embora a Suécia tenha a segunda defesa mais batida entre as oito selecções que acederam ao play-off.

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Quatro anos depois, as principais figuras da selecção sueca continuam a ser as mesmas: Zlatan Ibrahimovic é a estrela da companhia, tendo terminado a qualificação para 2014 com seis golos marcados. Andreas Isaksson ainda impõe a sua presença na baliza, embora a Suécia tenha a segunda defesa mais batida entre as oito selecções que acederam ao play-off.

O percurso da Suécia no Grupo C de apuramento para o Mundial 2014 foi irregular. A equipa de Erik Hamren foi capaz do melhor – bater-se de igual para igual com a Alemanha, em dois grandes jogos (4-4, após estar a perder por 0-4, e 3-5) – e do pior, como aconteceu quando perdeu 1-2 na visita à Áustria, ou cedeu um empate sem golos na recepção à Irlanda. Na última actualização do ranking da FIFA, a Suécia surge na 25.ª posição.

O principal trunfo de Hamren para motivar a equipa antes do play-off contra Portugal será apelar ao orgulho dos seus jogadores, muitos dos quais terão aqui uma última oportunidade de obter um feito histórico ao serviço da selecção – para mais, tendo falhado a presença no Mundial da África do Sul.

Zlatan Ibrahimovic, por exemplo, já tem 32 anos e não deverá voltar a disputar um Mundial. Isaksson tem a mesma idade, assim como Johan Elmander. Mas o título de “veterano” pertence mesmo a Anders Svensson, que aos 37 anos continua a ser opção na equipa sueca. O médio do Elfsborg cumpriu 389 minutos no apuramento para o Mundial 2014 e marcou um golo. Mais importante do que isso, atingiu as 146 internacionalizações pela Suécia, marca que lhe permitiu ultrapassar o histórico Thomas Ravelli e faz dele o mais internacional de sempre pelo país escandinavo.

A este núcleo mais experiente Erik Hamren acrescenta alguma juventude: Alexander Kacaniklic, jogador do Fulham e neto de emigrantes macedónios, esteve entre os mais utilizados no apuramento. Para além de Kacaniklic, há outros jogadores que chegaram à selecção sueca como resultado da globalização: são os casos, por exemplo, de Behrang Safari (nascido no Irão), Ola Toivonen (filho de emigrantes finlandeses), Jimmy Durmaz (nascido na Suécia mas de ascendência assíria) ou Emir Bajrami (de origens kosovares albanesas).

Após quase uma década sob a liderança de Lars Lagerback (que agora orienta a Islândia), a Suécia viu o seu estilo ser alterado com a entrada de Erik Hamren para o cargo de seleccionador. O técnico de 56 anos imprimiu à equipa um estilo de futebol mais atractivo, que resultou em mais golos: 19 em dez jogos, contra os 13 apontados no mesmo número de encontros, na qualificação para 2010. Mas o número de golos sofridos também aumentou substancialmente – foram 14 nesta fase de apuramento, enquanto há quatro anos tinham sido apenas cinco.

Em termos históricos, a Suécia não é um adversário fácil para Portugal. A selecção portuguesa venceu três vezes em 15 encontros, tendo sofrido seis derrotas e registado o mesmo número de empates. É preciso recuar até 2004 para encontrar a última ocasião em que Portugal marcou à Suécia (2-2 num particular, em Coimbra, com golos de Pauleta e Nuno Gomes). O último triunfo português remonta a 2002, noutro jogo particular, em Gotemburgo: Sérgio Conceição, Romeu e Rui Costa apontaram os golos da equipa nacional.