Provável fragmento gigante de meteorito encontrado nos Montes Urais

Operação que permitiu recuperar o fragmento, com um metro e meio de comprimento, no lago Cherbarkul, foi transmitida em directo pela televisão russa.

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Um vez retirado da água, o fragmento quebrou-se em três bocados. A balança utilizada para o pesar deu de si no momento em que marcava 570 quilos e não foi possível determinar exactamente o seu peso, adiantou a televisão russa.

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Um vez retirado da água, o fragmento quebrou-se em três bocados. A balança utilizada para o pesar deu de si no momento em que marcava 570 quilos e não foi possível determinar exactamente o seu peso, adiantou a televisão russa.

“Segundo os primeiros testes, podemos dizer que se trata de um fragmento daquele meteorito”, disse à agência noticiosa Interfax Sergueï Zamozdra, professor da Universidade de Cheliabinsk. “É o maior fragmento deste meteorito e passará provavelmente a fazer parte da lista dos dez maiores meteoritos jamais encontrados”, salientou. Outros peritos estimam porém que serão necessárias análises adicionais para confirmar a proveniência extraterrestre do fragmento.

Mais de 12 fragmentos semelhantes aos de um meteorito já foram retirados do lago Cherbarkul desde Fevereiro, mas apenas quatro revelaram ser efectivamente meteoritos, segundo a cadeia televisiva russa Vesti 24.

Uma chuva de meteoritos abateu-se, a 15 de Fevereiro, sobre Cheliabinsk, após a explosão, a cerca de 20 quilómetros de altitude, de um asteróide cujo diâmetro foi estimado em 17 metros e cujo peso era de 5000 a 10.000 toneladas. Um milhar de fragmentos atingiu o solo cerca de um minuto mais tarde, provocando importantes estragos naquela cidade e ferindo 1200 pessoas.

Muitos fragmentos foram encontrados na região, mas o maior pedaço do meteorito caíra no lago Cherbarkul, explicaram cientistas russos.

O meteorito que se desintegrou por cima de Cheliabinsk já tinha batido num outro corpo celeste ou passado muito perto do Sol antes de cair na Terra, segundo um estudo realizado por investigadores do Instituto de Geologia e Mineralogia de Novossibirsk, na Sibéria Ocidental.