Internamento em centro educativo para jovem que esfaqueou colega em escola de Massamá
A informação foi dada ao PÚBLICO pelo advogado do rapaz de 15 anos, Pedro Proença, que explicou que o tribunal determinou a medida cautelar pedida pelo Ministério Público, não tendo aceitado a proposta da defesa. “Pedi que o meu cliente ficasse em internamento domiciliário com apresentação obrigatória na polícia e num centro de acompanhamento psiquiátrico, mas o tribunal entendeu de forma diferente”, adiantou o defensor.
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A informação foi dada ao PÚBLICO pelo advogado do rapaz de 15 anos, Pedro Proença, que explicou que o tribunal determinou a medida cautelar pedida pelo Ministério Público, não tendo aceitado a proposta da defesa. “Pedi que o meu cliente ficasse em internamento domiciliário com apresentação obrigatória na polícia e num centro de acompanhamento psiquiátrico, mas o tribunal entendeu de forma diferente”, adiantou o defensor.
O advogado revelou ainda que o jovem, que falou menos de 15 minutos em tribunal, mostrou arrependimento e a vontade de ser ajudado porque se encontra a passar uma fase depressiva. “É um rapaz com uma inteligência acima da média, que sente uma insatisfação com o mundo, com os pais e com a sociedade que o rodeia”, descreve Pedro Proença, que nega que o menor tenha sido vítima de bullying.
O advogado faz questão de sublinhar que o jovem está no 11º ano, nunca reprovou e tem uma boa média. “Até agora sempre foi um jovem exemplar, nunca consumiu drogas ou álcool. Reorientado este jovem pode ser um bom contributo para a sociedade”, acredita Pedro Proença.
O internamento agora determinado é uma medida provisória, que será seguida por uma medida tutelar educativa, que pode ir um máximo de três anos de internamento.
O aluno da escola de Massamá pretendia "matar, pelo menos, 60 pessoas”, segundo o plano delineado, a que a agência Lusa teve acesso.
Fonte policial ligada à investigação adiantou à Lusa que, na folha A4 apreendida ao estudante de 15 anos, este descreve “com bastante pormenor o plano de massacre”, nomeadamente “os materiais a usar, as aulas onde estariam mais alunos, o modo e a estratégia de actuação e os objectivos a atingir, sendo que queria matar, pelo menos, 60 pessoas para bater o recorde”.
Contactado pelo PÚBLICO, o subintendente Hugo Palma, comandante da Divisão de Sintra da PSP, confirmou apenas que foram apreendidos apontamentos pessoais, um computador e um tablet do menor. "Este material foi relevante para a investigação", revelou o responsável, sem adiantar o conteúdo dos elementos recolhidos.