Ciclone Phailin deixa rasto de destruição na Índia e faz pelo menos sete mortos

Ventos estão a acalmar e a tempestade deverá dissipar-se dentro de 36 horas.

Foto
Ventos chegaram aos 200 quilómetros por hora AFP PHOTO/ASIT KUMAR

Com ventos de mais de 200 quilómetros por hora, o ciclone Phailin está a ser encarado como a tempestade mais severa dos últimos 14 anos na região. Desde que entrou em terra no sábado à tarde, arrancou árvores e sinais de trânsito, destruiu edifícios e cortou o fornecimento de energia em algumas áreas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Com ventos de mais de 200 quilómetros por hora, o ciclone Phailin está a ser encarado como a tempestade mais severa dos últimos 14 anos na região. Desde que entrou em terra no sábado à tarde, arrancou árvores e sinais de trânsito, destruiu edifícios e cortou o fornecimento de energia em algumas áreas.

Fonte do governo do Estado de Orissa disse à Reuters que há pelo menos sete mortos. Quatro morreram atingidos por árvores que tombaram pela força do vento e um ficou debaixo das paredes de barro da casa onde vivia. Já a AFP fala em dez mortos, citando um balanço oficial provisório feito neste domingo de manhã.

O número de mortos ainda pode aumentar, mas mesmo assim está "bem abaixo do que se poderia temer", graças aos esforços dos serviços de emergência antes da chegada do Phailin, afirmou neste domingo o chefe das operações de socorro, Pradipta Kumar Mohapatra, citado pela AFP.

Segundo este responsável, 861 mil habitantes de Orissa e cem mil de Andhra Pradesh foram retirados das suas casas e passaram as últimas noites em abrigos, alguns deles construídos depois da tempestade que matou dez mil pessoas na mesma região em 1999. Outros refugiaram-se em escolas ou templos. A Autoridade Nacional para a Gestão de Catástrofes já considerou esta uma das maiores evacuações de sempre na Índia.

"A evacuação anterior de maior importância remonta a 1990 em Andhra Pradesh, mas esta última é mais vasta", declarou Tripti Parule, porta-voz desta entidade, citado pela AFP.

No sábado, as autoridades estavam preocupadas com 18 pescadores que estavam no mar quando o ciclone atingiu a costa, mas a polícia disse já neste domingo que todos regressaram a casa sãos e salvos.

Nas primeiras horas de domingo os ventos acalmaram para cerca de 90 quilómetros por hora e a chuva já não caía com tanta intensidade. Mas a região de Odisha continua sem electricidade. As autoridades ainda não têm noção da dimensão dos estragos e só deverão fazer essa avaliação quando o ciclone sair daquela zona, o que deverá acontecer nas próximas 36 horas. O director geral dos serviços indianos de meteorologia, L. S. Rathore, indicou que o ciclone foi particularmente violento numa faixa de 150 quilómetros ao longo da costa.