José Eduardo Agualusa vence prémio Fernando Namora

Prémio no valor de 15 mil euros foi para o livro do escritor, Teoria Geral do Esquecimento.

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José Eduardo Agualusa fotografado em 2009, ano do romance Barroco tropical Daniel Rocha

Pela primeira vez foram divulgados os finalistas, que além de Agualusa incluía obras dos escritores Afonso Cruz (Jesus Cristo Bebia Cerveja), Ana Cristina Silva (O Rei do Monte Brasil), Julieta Monginho (Metade Maior) e Rui Nunes (Barro).

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Pela primeira vez foram divulgados os finalistas, que além de Agualusa incluía obras dos escritores Afonso Cruz (Jesus Cristo Bebia Cerveja), Ana Cristina Silva (O Rei do Monte Brasil), Julieta Monginho (Metade Maior) e Rui Nunes (Barro).

No comunicado enviado à imprensa a escolha do júri é justificada pela “escrita ágil de um autor que sabe realizar uma especial economia de efeitos, encontrando uma linguagem em que o português é falado em intercepção com outros modos”, segundo o texto da acta. No mesmo documento o júri salienta que “esta obra engrandece o apurado estilo literário da ficção do autor”.

O júri foi presidido pelo escritor Vasco Graça Moura e integrou Guilherme d`Oliveira Martins (Centro Nacional de Cultura), José Manuel Mendes (Associação Portuguesa de Escritores), Manuel Frias Martins (Associação Portuguesa dos Críticos Literários), Maria Carlos Gil Loureiro (Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas), Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

A narrativa do livro de José Eduardo Agualusa centra-se em Luanda, começando nas vésperas da proclamação da independência (11 de Novembro de 1975), quando uma portuguesa decide erguer um muro para se separar do edifício onde mora, acabando por sobreviver isolada durante cerca de 30 anos.

José Eduardo Agualusa nasceu em Huambo, em 1960, é membro da União de Escritores Angolanos e estreou-se literariamente com A Conjura (1989), que lhe valeu o Prémio Sonangol. Entre novelas, contos e romances, é autor de cerca de 25 títulos.

Teoria Geral do Esquecimento, editado o ano passado pela D. Quixote, é o romance, que sucedeu a Milagrário Pessoal. Já este ano Agualusa editou, na Quetzal, A Vida No Céu. O PÚBLICO tentou obter uma reacção do escritor ao prémio, mas tal não foi possível.

Notícia corrigida no dia 14h10 às 13h17: Ao contrário do que foi escrito, Teoria Geral do Esquecimento não é o romance mais recente do escritor. A última obra editada por José Eduardo Agualusa é A Vida No Céu