Por que Portugal ainda não está matematicamente no play-off
A matemática diz que a selecção ainda não garantiu o play-off, mas é muito improvável que não o consiga.
Portugal soma actualmente 18 pontos, menos três do que a Rússia. Na última jornada, terça-feira, os russos visitam o Azerbaijão e a equipa portuguesa recebe o Luxemburgo. Para ser primeira, a selecção precisa que a Rússia perca e tem de golear os luxemburgueses, de modo a anular uma diferença de sete golos para os russos. Ou seja, não é algo muito provável.
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Portugal soma actualmente 18 pontos, menos três do que a Rússia. Na última jornada, terça-feira, os russos visitam o Azerbaijão e a equipa portuguesa recebe o Luxemburgo. Para ser primeira, a selecção precisa que a Rússia perca e tem de golear os luxemburgueses, de modo a anular uma diferença de sete golos para os russos. Ou seja, não é algo muito provável.
Por outro lado, a selecção tem quase garantida a presença no play-off. E só uma conjugação muito improvável de resultados poderá tirar à equipa de Paulo Bento a realização de mais dois jogos para tentar chegar ao Brasil 2014.
O regulamento diz que os primeiros classificados de cada um dos nove grupos se apuram directamente para o Mundial. E os oito melhores segundos classificados disputam um play-off – ou seja, é preciso excluir um dos segundos classificados.
Portugal soma presentemente 18 pontos, mas como joga num grupo com seis equipas terá de descartar os pontos obtidos com o último classificado do grupo – é esta a forma definida pela FIFA para o segundo classificado do Grupo I, que só tem cinco formações, não ser prejudicado.
Assim, Portugal tem actualmente 15 pontos nas contas dos segundos classificados (deita fora três pontos ganhos ao Luxemburgo). Mas, se perder com o Luxemburgo na terça-feira e o Azerbaijão cair para último, a formação das “quinas” passa a somar apenas 12, no somatório com primeiro, terceiro, quarto e quinto classificados do seu grupo.
Ficando pelos 12 pontos, a selecção lusa arrisca-se teoricamente a ser o pior segundo, entre os nove grupos de apuramento, já que há a possibilidade de todos fazerem pelo menos essa pontuação.
A Bulgária, segunda classificada do Grupo B, não pode fazer mais do que 10 pontos nestas contas, mas a Arménia, actualmente no quinto posto, ainda pode saltar para o segundo e chegar a 12, uma vez que só descarta três pontos com Malta, garantidamente a última classificada desse grupo.
De qualquer forma, para a Arménia ser uma melhor segunda classificada do que Portugal é necessária uma conjugação simultânea de resultados (bastante improvável): a selecção portuguesa perder com o Luxemburgo, a Irlanda do Norte vencer em Israel, o Azerbaijão perder com a Rússia, a Arménia derrotar a Itália, a Dinamarca não vencer Malta e a República Checa empatar com a Bulgária. Além disso, os arménios só bateriam Portugal se dessem a volta à desvantagem que têm na diferença de golos: somam 9-10 (-1), contra 12-9 (+3) de Portugal, isto subtraindo os resultados com os últimos, neste cenário Malta e Azerbaijão.
A acrescentar a isto, sublinha a Lusa, a exclusão portuguesa do play-off só seria uma realidade se a Croácia vencesse na Escócia, a Turquia na recepção à Holanda ou a Roménia frente à Estónia, a Islândia na Noruega e a Ucrânia em São Marino. Ou seja, basta que um destes resultados não se concretize e até uma derrota com o Luxemburgo serve para Portugal estar no play-off, que será jogado a 15 e 19 de Novembro – a França será, tudo indica, o possível adversário mais temível.
Conjunto de resultados que fariam Portugal acabar como o pior segundo dos nove agrupamentos e falhar os play-off
Perder com o Luxemburgo.
Vitória da Irlanda do Norte em Israel.
Derrota do Azerbaijão com a Rússia.
Vitória da Croácia na Escócia.
Vitória da Arménia em Itália (*).
Empate ou derrota da Dinamarca em Malta.
Empate entre Bulgária e República Checa.
Vitória da Turquia com Holanda ou da Roménia com a Estónia.
Vitória da Islândia na Noruega.
Vitória da Ucrânia em São Marino.
(*) – Os arménios teriam ainda de recuperar de uma desvantagem de quatro golos em relação a Portugal.