CGTP ainda não recebeu pareceres contra a manifestação na ponte 25 de Abril
Central sindical diz que problema é "político" e não técnico.
“Continuamos sem receber os pareceres ditos negativos", afirmou o sindicalista, referindo-se aos pareceres desfavoráveis do Conselho de Segurança da Ponte e da PSP. "Estamos à espera."
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“Continuamos sem receber os pareceres ditos negativos", afirmou o sindicalista, referindo-se aos pareceres desfavoráveis do Conselho de Segurança da Ponte e da PSP. "Estamos à espera."
“É uma coisa estranha: eles falam daquilo [dos pareceres sobre problemas de segurança], mas não informam a entidade que convocou a manifestação sobre o que consta desses documentos”, referiu.
O Sistema de Segurança Interna pediu um parecer técnico ao Conselho de Segurança da Ponte 25 de Abril (que inclui Lusoponte, Refer, Estradas de Portugal, Protecção Civil, Gabinete de Coordenação e Segurança Nacional e Instituto da Mobilidade Terrestre), que identifica "diversos riscos" relacionados com a segurança. Na quarta-feira, a PSP entregou às câmaras de Lisboa e Almada outro parecer negativo à realização da manifestação na ponte.
O ministro da Administração Interna, Paulo Macedo, afirmou na quarta-feira que estes dois pareceres contrários “não podem ser ignorados”, uma vez que alertam para “situações que podem constituir problemas sérios de segurança”.
Miguel Macedo apelou ainda ao bom senso e pediu “responsabilidade e sensatez” face aos pareceres do Sistema de Segurança Interna e da PSP e disse que ambos já tinham sido comunicados à CGTP e às câmaras municipais de Lisboa e de Almada. As autarquias disseram não ter competência para autorizar a realização da manifestação.
“Devem tê-los entregado a alguém, mas não foi a nós”, garantiu nesta quinta-feira Arménio Carlos, assegurando que o que a central sindical sabe é “pela comunicação social”, sendo “também pela comunicação social que responde e diz que tem alternativas”.
Confrontado com as declarações do ministro da Administração Interna, Arménio Carlos disse na quarta-feira que o problema é político e não técnico e garantiu que “a CGTP já demonstrou que as questões técnicas podem ser perfeitamente ultrapassadas”.