Protestos de professores acabam em violência no Rio e em São Paulo
Concentrações foram convocadas para apoiar professores do Rio que contestam plano de carreiras e condições salariais.
No centro do Rio de Janeiro, após duas horas de contestação pacífica, ao cair da noite, manifestantes encapuçados partiram vidros de portas e janelas, lançaram fogo a um autocarro e vandalizaram outro. Foi também atirado um cocktail molotov contra a Câmara dos Vereadores e incendiados sacos de lixo. A polícia lançou gás lacrimogéneo e fez uma detenção.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
No centro do Rio de Janeiro, após duas horas de contestação pacífica, ao cair da noite, manifestantes encapuçados partiram vidros de portas e janelas, lançaram fogo a um autocarro e vandalizaram outro. Foi também atirado um cocktail molotov contra a Câmara dos Vereadores e incendiados sacos de lixo. A polícia lançou gás lacrimogéneo e fez uma detenção.
Segundo o jornal O Globo, membros do grupo anarquista Black Bloc atiraram pedras e outros objectos contra elementos das forças de segurança. Professores que participavam no protesto abandonaram a acção quando a violência começou. A Polícia Militar calcula que o protesto tenha mobilizado cerca de dez mil pessoas; outras estimativas referem 50 mil.
Em São Paulo, onde o protesto reuniu centenas de pessoas, a confusão começou quando foram lançados três foguetes contra os polícias que guardavam a Secretaria da Educação, noticiou a Folha de São Paulo. Pelo menos oito agências bancárias e um McDonalds foram vandalizados. Um carro da Polícia Civil foi virado do avesso. Segundo a imprensa brasileira, foram detidas pelo menos oito pessoas.
As concentrações em ambas as cidades foram convocadas para apoiar os professores municipais do Rio contra o plano de carreiras e as condições salariais aprovadas pela prefeitura. Em São Paulo, os manifestantes apoiavam também a greve de alunos da universidade local, que defendem eleições directas para a escolha do novo reitor.
Na semana passada, na noite de terça-feira, houve também confrontos durante um protesto de professores, no Rio. Alguns professores tentaram nessa altura invadir uma sala do conselho municipal onde estava a ser votado o plano de carreira e as remunerações que contestam. A polícia respondeu com gás lacrimogéneo e balas de borracha. Segundo o Globo, foram feitas 17 detenções e várias pessoas ficaram feridas.