Banco de Portugal revê recessão deste ano de 2% para 1,6%
Quebra menor do consumo e aceleração das exportações ajudam.
As explicações para esta alteração de perspectivas estão no Boletim Económico de Outono, tornado público nesta terça-feira. Uma queda menos acentuada do consumo privado e uma aceleração das exportações compensam a passagem das importações para uma variação positiva e levam à revisão em alta das estimativas para a actividade económica.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As explicações para esta alteração de perspectivas estão no Boletim Económico de Outono, tornado público nesta terça-feira. Uma queda menos acentuada do consumo privado e uma aceleração das exportações compensam a passagem das importações para uma variação positiva e levam à revisão em alta das estimativas para a actividade económica.
A entidade liderada por Carlos Costa prevê agora que o consumo privado caia 2,2% em 2013. Há três meses, a projecção era mais pessimista: uma queda de 3,4%.
No investimento, também é feita uma revisão, mas mais moderada. Passa de uma queda prevista de 8,9% para 8,4%. No total, a procura interna vai cair, segundo o Banco de Portugal, 3,1%, uma descida menos pronunciada do que os 4,4% antecipados em Julho.
A aceleração das exportações também contribuiu para a melhoria das projecções globais. O Banco de Portugal prevê um aumento de 5,8% das vendas ao exterior, quando antes apontava para os 4,7%.
Pela negativa, as importações contribuíram para limitar os ganhos. Respondendo à evolução menos negativa da procura interna, as compras ao exterior devem crescer 2%. Antes, o Banco de Portugal previa uma contracção deste indicador de 1,7%.
O Banco de Portugal não divulgou neste boletim previsões actualizadas para 2014 e os anos seguintes. A decisão de não o fazer já tinha sido anunciada em Fevereiro e justifica-se pelo facto de, antes da aprovação do orçamento, não haver informação detalhada sobre as políticas públicas que influenciam a actividade económica.