Governo lança programa de adaptação às alterações climáticas
Três milhões e meio de euros serão aplicados em informação, sensibilização, estratégias locais e projectos-piloto.
A maior parte do dinheiro – três milhões de euros – vem de apoios da Noruega, Islândia e Lichtenstein, no âmbito do programa EEA Grants, destinado a apoiar alguns países europeus. O resto será coberto por Portugal, através do Fundo Português de Carbono.<_o3a_p>
O montante é reduzido, quando comparado com o tipo de medidas necessárias para minimizar os efeitos do aquecimento global no país – como obras destinadas a evitar a erosão costeira. A ideia é utilizar o montante para apoiar a disseminação de informação e projectos que possam ter um efeito multiplicador.<_o3a_p>
Para o primeiro caso, está em curso a criação de um site na Internet, gerido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que servirá não só como fonte de informação sobre alterações climáticas, mas também como um ponto de troca de experiências de adaptação. <_o3a_p>
O programa irá também apoiar a elaboração de estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas, a partir das quais poderão ser identificadas medidas locais concretas. Pequenos projectos-piloto de adaptação poderão também candidatar-se a apoios, bem como iniciativas de sensibilização nas escolas.<_o3a_p>
Portugal será particularmente afectado pelo aumento da temperatura no futuro. Segundo o último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, os termómetros no país deverão subir acima do que está previsto em média para o mundo. Nos cenários mais gravosos, alguns modelos de simulação do clima apontam para 9,0 graus Celsius a mais no Verão até 2100.<_o3a_p>
A questão das alterações climáticas merecerá uma atenção redobrada nos financiamentos da União Europeia nos próximos anos. O quadro comunitário de apoio para o período de 2014 a 2020 estipula que 20% das verbas sejam aplicadas em projectos que de alguma forma reduzam a contribuição humana para o aquecimento global ou ajudem os países a adaptarem-se a um futuro mais quente.<_o3a_p>
Mas Portugal terá de garantir parte das verbas para cada projecto. “Está previsto, como sempre, uma comparticipação nacional e o Governo está a organizar, mas depende de cada orçamento [de Estado]”, disse nesta segunda-feira Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, à margem de uma conferência em Lisboa sobre adaptação às alterações climáticas.<_o3a_p>
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A maior parte do dinheiro – três milhões de euros – vem de apoios da Noruega, Islândia e Lichtenstein, no âmbito do programa EEA Grants, destinado a apoiar alguns países europeus. O resto será coberto por Portugal, através do Fundo Português de Carbono.<_o3a_p>
O montante é reduzido, quando comparado com o tipo de medidas necessárias para minimizar os efeitos do aquecimento global no país – como obras destinadas a evitar a erosão costeira. A ideia é utilizar o montante para apoiar a disseminação de informação e projectos que possam ter um efeito multiplicador.<_o3a_p>
Para o primeiro caso, está em curso a criação de um site na Internet, gerido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que servirá não só como fonte de informação sobre alterações climáticas, mas também como um ponto de troca de experiências de adaptação. <_o3a_p>
O programa irá também apoiar a elaboração de estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas, a partir das quais poderão ser identificadas medidas locais concretas. Pequenos projectos-piloto de adaptação poderão também candidatar-se a apoios, bem como iniciativas de sensibilização nas escolas.<_o3a_p>
Portugal será particularmente afectado pelo aumento da temperatura no futuro. Segundo o último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, os termómetros no país deverão subir acima do que está previsto em média para o mundo. Nos cenários mais gravosos, alguns modelos de simulação do clima apontam para 9,0 graus Celsius a mais no Verão até 2100.<_o3a_p>
A questão das alterações climáticas merecerá uma atenção redobrada nos financiamentos da União Europeia nos próximos anos. O quadro comunitário de apoio para o período de 2014 a 2020 estipula que 20% das verbas sejam aplicadas em projectos que de alguma forma reduzam a contribuição humana para o aquecimento global ou ajudem os países a adaptarem-se a um futuro mais quente.<_o3a_p>
Mas Portugal terá de garantir parte das verbas para cada projecto. “Está previsto, como sempre, uma comparticipação nacional e o Governo está a organizar, mas depende de cada orçamento [de Estado]”, disse nesta segunda-feira Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, à margem de uma conferência em Lisboa sobre adaptação às alterações climáticas.<_o3a_p>