Passos diz que Machete teve apenas "uma expressão infeliz"

Primeiro-ministro minimiza importância das declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros sobre investigação da Procuradoria-Geral da República.

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Passos defende um “compromisso político alargado para os próximos cinco anos” Daniel Rocha

“Ninguém pode ficar diminuído politicamente por ter tido uma expressão infeliz”, disse Passos Coelho, à saída das comemorações do 5 de Outubro, nos Paços do Concelho, em Lisboa.

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“Ninguém pode ficar diminuído politicamente por ter tido uma expressão infeliz”, disse Passos Coelho, à saída das comemorações do 5 de Outubro, nos Paços do Concelho, em Lisboa.

Numa entrevista à Rádio Nacional de Angola, a 18 de Setembro, Rui Machete pediu desculpas ao país pelas investigações que o Ministério Público português tem em curso a várias figuras angolanas. Disse ainda que a investigação não tinha gravidade, segundo um pedido de informações alegadamente feito à procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal. Depois de o caso ter vindo a público, Joana Marques Vidal negou ter feito qualquer comentário sobre o caso e Rui Machete também disse que não perguntou nada nem à procuradora-geral, nem a qualquer outra instância judicial.

Passos Coelho disse este sábado que “não houve qualquer contacto privilegiado” do Governo sobre a investigação em curso no Ministério Público. “Nós não intervimos no poder judicial. Respeitamos a autonomia do Ministério Público e a independência dos tribunais”, disse este sábado Pedro Passos Coelho.

O primeiro-ministro referiu que se está “a aumentar um caso que vale aquilo que se percebeu o que vale” e completou: “Não há casos à volta de Rui Machete.”

Referindo-se à polémica em torno da antiga ligação Machete à Sociedade Lusa de Negócios (SLN), ex-proprietária do  BPN, Passos Coelho disse que esta participação ocorreu “em condições que estão esclarecidas e que não têm nenhum problema do ponto de vista política, ético ou social”.

"Não se trata de uma expressão infeliz", reagiu o secretário-geral do PS, António José Seguro, logo a seguir às declarações de Passos Coelho. "É um caso da maior gravidade", referiu Seguro, que defendeu este sábado a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros.