Força militar internacional ataca quartel-general da al-Shabbab na Somália
Há informações, não confirmadas, sobre a participação de tropas americanas no raide.
Informações não confirmadas dão conta de que havia tropas americanas na força internacional. O ataque ocorreu em Barawe, 240 km a sul de Mogadíscio, numa região da Somália controlada para Al-Shabbab (um grupo ligado à Al-Qaeda que pretende tornar o país um Estado islâmico). É a mesma cidade onde, há quatro anos, fuzileiros americanos mataram um comando da Al-Qaeda.
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Informações não confirmadas dão conta de que havia tropas americanas na força internacional. O ataque ocorreu em Barawe, 240 km a sul de Mogadíscio, numa região da Somália controlada para Al-Shabbab (um grupo ligado à Al-Qaeda que pretende tornar o país um Estado islâmico). É a mesma cidade onde, há quatro anos, fuzileiros americanos mataram um comando da Al-Qaeda.
Segundo as fontes do jornal Guardian online, os militares - alguns chegaram ao local de helicóptero, outros de barco pois Barawe está junto a uma praia - atacaram um edifício de dois andares. A rádio Shabelle de Mogadíscio avançou que os habitantes de Barawe foram acordados pelos tiros das metralhadoras e que um islamista foi morto e que outros ficaram feridos. Outras fontes em Mogadíscio ouvidas pelas agências noticiosas davam conta dos mesmos pormenores: os militares desceram dos helicópteros por cordas e o raide teve lugar antes da chamada para a primeira oração do dia.
Uma fonte dos serviços secretos da Somália que pediu o anonimato confirmou que o alvo era um destacado líder da Al-Shabbab. Outra fonte, também pedindo anonimato, confirmou o ataque e a presença de militares estrangeiros, pois as incipientes forças armadas somalis não têm capacidade para realizar uma operação desta natureza.
Abdiasis Abu Musab, porta-voz da al-Shabaab, disse à Reuters: "Ocidentais que chegaram em barcos atacaram e há um mártir do nosso lado. Não foram usados aviões nem helicópteros. Os atacantes deixaram armas, medicamentos e manchas de sangue. Vamos persegui-los".
Ahmed Godane, também conhecido como Mukhtar Abu Zubeyr, reivindicou o ataque contra um centro comercial Westgate de Nairobi no dia 21 de Setembro. O comando da al-Shabbab fez reféns e manteve entricheirado no edifício durante quatro dias. O ataque matou 67 pessoas, entre elas ganeses, americanos, britânicos e franceses, além de quenianos.
O governo do Quénia revelou o nome de quatro dos atacantes de Nairobi - o grupo seria composto por entre dez e 15 elementos. São eles Abu Baara al-Sudani, Omar Nabhan, Khattab al-Kene e Umayr. Não foi dito se estão entre os que morreram na intervenção governamental que acabou com a ocupação dos terroristas.