Seguro garante que “fará tudo, tudo” para evitar um segundo programa
Líder do PS responde ao desafio de Passos Coelho.
O secretário-geral socialista respondia assim a Pedro Passos Coelho, que o desafiara a esclarecer a “posição do PS” quanto a um segundo empréstimo externo. Os dois líderes trocaram acusações sobre a responsabilidade de trazer para o debate público a necessidade ou não de Portugal ter um segundo resgate.
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O secretário-geral socialista respondia assim a Pedro Passos Coelho, que o desafiara a esclarecer a “posição do PS” quanto a um segundo empréstimo externo. Os dois líderes trocaram acusações sobre a responsabilidade de trazer para o debate público a necessidade ou não de Portugal ter um segundo resgate.
“Eu referi que não seria necessário e seria dispensável um segundo programa. E disse que mantinha todas as condições para garantir que seríamos bem sucedidos neste programa e que o risco de ter um segundo programa era demasiado grave para o país enfrentar”, descreveu Pedro Passos Coelho. “Fi-lo para mostrar que o Governo e o país dispensavam um segundo programa e estava determinado em fechar o actual. Tenho dúvidas sobre a posição do PS”, desafiou.
“Eu acabo já com as dúvidas. O PS tudo fará para evitar um segundo programa de ajuda externa. Tudo. Tudo”, vincou Seguro, e aproveitou para amarrar Passos Coelho. “Que fique claro que o primeiro-ministro disse no Parlamento no dia 4 de Outubro de 2013 que Portugal não vai precisar de um novo programa de ajuda externa, tenha ele o nome que tiver. Fica isso para o registo.”
Seguro repetiu depois o seu discurso de que o Governo e sobretudo Passos “vive num país distinto”, com o PS a viver “no país real, onde as pessoas sofrem, há desemprego, milhares de pessoas a emigrarem”. Para dizer que o PS “não vislumbra nenhum sucesso” nas avaliações da troika, cujas conclusões o primeiro-ministro anunciou terem sido bem sucedidas.
“Não vislumbramos nenhum sucesso”, apontou Seguro, que acusou depois Passos e o Governo de falharem sucessivamente as metas acordadas com a troika e de reverem continuamente os objectivos em baixa. “Quem é que acha que engana? Tem de haver decência na vida pública. E a decência na vida pública é ser realista, é falar verdade”, exigiu o líder socialista.