As plantas com flor surgiram ao mesmo tempo que os dinossauros
Fósseis de pólenes fazem recuar os antepassados destas plantas em 100 milhões de anos.
Os grãos de pólen destas plantas, semelhantes aos das angiospérmicas modernas (plantas com flor), encontrados no período Triásico, revelam-se muito diversificados e evidenciam uma grande adaptabilidade a ambientes diversos. Porém, o registo fóssil das angiospérmicas durante o período geológico seguinte ao Triásico, o Jurássico, revela-se muito pobre. Surgindo a maior parte dos fósseis a partir do Cretácico inferior, o que leva muitos autores a defenderem que as mais antigas plantas com flor têm cerca de 130 milhões de anos.
Observando os fósseis descobertos no microscópio electrónico, os investigadores Peter Hochuli e Susanne Feist-Burkhardt encontraram as características básicas associadas aos pólenes das angiospérmicas e tiveram a oportunidade de os comparar com pólenes de gimnospérmicas (plantas sem flor, como os pinheiros) que se encontravam no mesmo extracto, evidenciando que se trata de dois grupos distintos.
Conforme publicado agora na revista Frontiers in Plant Science, estes fósseis foram encontrados em dois núcleos de perfuração das cidades de Weiach e Leuggern, na Suíça, e vieram confirmar um estudo de 2004 dos mesmos autores, quando descobriram, em testemunhos geológicos obtidos em perfurações no Mar de Barents, em águas norueguesas, pólenes do Triásico médio com as mesmas características.
Os estudos moleculares a estes fósseis têm-se revelado bastante controversos, variando consoante os dados e os métodos de cálculo utilizados. Embora alguns estudos moleculares confirmem o aparecimento das plantas com flor no Triásico médio, outros antecipam-no ainda mais para o início do período Permiano, há 275 milhões de anos.
Como os pólenes descobertos demonstram uma possível adaptação a vários ambientes, os investigadores esperam poder encontrá-los noutras áreas, noutras camadas estratigráficas ou noutros contextos ambientais para poderem aprofundar o estudo sobre este grupo de plantas.
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Os grãos de pólen destas plantas, semelhantes aos das angiospérmicas modernas (plantas com flor), encontrados no período Triásico, revelam-se muito diversificados e evidenciam uma grande adaptabilidade a ambientes diversos. Porém, o registo fóssil das angiospérmicas durante o período geológico seguinte ao Triásico, o Jurássico, revela-se muito pobre. Surgindo a maior parte dos fósseis a partir do Cretácico inferior, o que leva muitos autores a defenderem que as mais antigas plantas com flor têm cerca de 130 milhões de anos.
Observando os fósseis descobertos no microscópio electrónico, os investigadores Peter Hochuli e Susanne Feist-Burkhardt encontraram as características básicas associadas aos pólenes das angiospérmicas e tiveram a oportunidade de os comparar com pólenes de gimnospérmicas (plantas sem flor, como os pinheiros) que se encontravam no mesmo extracto, evidenciando que se trata de dois grupos distintos.
Conforme publicado agora na revista Frontiers in Plant Science, estes fósseis foram encontrados em dois núcleos de perfuração das cidades de Weiach e Leuggern, na Suíça, e vieram confirmar um estudo de 2004 dos mesmos autores, quando descobriram, em testemunhos geológicos obtidos em perfurações no Mar de Barents, em águas norueguesas, pólenes do Triásico médio com as mesmas características.
Os estudos moleculares a estes fósseis têm-se revelado bastante controversos, variando consoante os dados e os métodos de cálculo utilizados. Embora alguns estudos moleculares confirmem o aparecimento das plantas com flor no Triásico médio, outros antecipam-no ainda mais para o início do período Permiano, há 275 milhões de anos.
Como os pólenes descobertos demonstram uma possível adaptação a vários ambientes, os investigadores esperam poder encontrá-los noutras áreas, noutras camadas estratigráficas ou noutros contextos ambientais para poderem aprofundar o estudo sobre este grupo de plantas.