Presidente da Ongoing diz que fusão PT/Oi cria operador de dimensão global

Líder do segundo maior accionista da PT diz que a fusão resultará numa “operação mais eficiente” e numa “empresa financeiramente mais forte”.

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Nuno Vasconcellos fala no “início de um [novo] caminho” para a PT Nuno Ferreira Santos

“É com enorme satisfação que vejo ser anunciada uma operação que concretiza uma visão em que acreditamos e na qual participámos”, disse, numa reacção enviada à Lusa o presidente executivo da Ongoing, segundo maior accionista da PT, com 10,05% do capital da empresa de telecomunicações portuguesa.

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“É com enorme satisfação que vejo ser anunciada uma operação que concretiza uma visão em que acreditamos e na qual participámos”, disse, numa reacção enviada à Lusa o presidente executivo da Ongoing, segundo maior accionista da PT, com 10,05% do capital da empresa de telecomunicações portuguesa.

“Estamos a criar o maior operador de telecomunicações de língua portuguesa, com mais de 100 milhões de clientes, em quatro continentes”, relevou ainda Nuno Vasconcellos, considerando que “a PT e a Oi, juntas, têm o conhecimento e a dimensão para serem um player no mercado global”.

“Teremos uma operação mais eficiente, uma empresa financeiramente mais forte, com uma estrutura accionista coesa e ambiciosa. Isto, e uma equipa de gestão de imenso valor, permite-nos enfrentar os desafios que se colocam a um player global”, reforçou. “Sempre defendi que o caminho do crescimento passa pela internacionalização, pelo Brasil, e que é vantajoso que esse processo se faça pela consolidação no mercado mundial da língua portuguesa. Esta operação comprova-o. Não é um epílogo, mas sim o início de um caminho”, rematou Vasconcellos na mesma nota enviada à Lusa.

A PT e a Oi anunciaram nesta quarta-feira que assinaram um acordo de intenções para a fusão das duas empresas, e das holdings da operadora brasileira, constituindo uma entidade única liderada por Zeinal Bava.

A CorpCo só avançará depois de a fusão ser aprovada por todos os accionistas das operadoras portuguesa e brasileira, depois de realizado um aumento de capital na ordem dos 2,3 a 2,7 mil milhões de euros e depois de sujeita à aprovação das entidades de regulação.

A transacção, refere o documento, está prevista para o primeiro semestre do próximo ano. A concretizar-se a operação, a CorpCo terá como presidente executivo Zeinal Bava, actual presidente executivo da Oi e da PT Portugal, e como presidente não-executivo (chairman), José Mauro da Cunha, actual chairman da Oi. O lugar de vice-chairman será ocupado por Henrique Granadeiro, actual presidente executivo e chairman da PT.

As acções da CorpCo, caso a operação de fusão seja concluída com sucesso, vão ser negociadas na bolsa brasileira, Bovespa, na Bolsa de Nova Iorque, a NYSE, e na Euronext Lisbon.

Os títulos da CorpCo irão beneficiar de uma maior liquidez e de uma base accionista diversificada, sendo que os requisitos de admissão à negociação nos três mercados “garantirão também a adopção das melhores práticas de governo da sociedade”, sublinha o comunicado da PT enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As acções da PT seguiam às 12h15 a negociar no Euronext Lisbon em alta de 11,59%, para 3,794 euros.