A aventura de Astérix e Obélix à velha Escócia está quase a chegar às livrarias
Apresentação do livro, o primeiro sem Uderzo, aconteceu esta quarta-feira em Paris. Livro chega às lojas a 24 de Outubro.
Apesar de já não ter o nome nesta história, Albert Uderzo, de 86 anos, e que começou a contar as aventuras de Astérix e Obélix em 1959 com o já falecido René Goscinny, esteve presente na apresentação deste novo livro, que terá uma tiragem de cinco milhões de exemplares e será publicado em 107 línguas e dialectos (incluindo o mirandês). Ao seu lado, em Paris, estiveram, claro, os autores de agora: argumentista Jean-Ives Ferri e o ilustrador Didier Conrad. A dupla contou ao longo deste tempo com Uderzo por perto, que supervisionou o trabalho.
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Apesar de já não ter o nome nesta história, Albert Uderzo, de 86 anos, e que começou a contar as aventuras de Astérix e Obélix em 1959 com o já falecido René Goscinny, esteve presente na apresentação deste novo livro, que terá uma tiragem de cinco milhões de exemplares e será publicado em 107 línguas e dialectos (incluindo o mirandês). Ao seu lado, em Paris, estiveram, claro, os autores de agora: argumentista Jean-Ives Ferri e o ilustrador Didier Conrad. A dupla contou ao longo deste tempo com Uderzo por perto, que supervisionou o trabalho.
Mas se se esperavam novidades sobre esta viagem que leva Astérix e Obélix a passarem o Canal da Mancha e a subirem à antiga Escócia, onde conhecem os guerreiros Pictos, em Paris apenas se ficou a conhecer a capa do livro. Também já foi dada a conhecer a capa portuguesa.
“Ao mais puro estilo tradicional, Astérix entre os Pictos é uma viagem épica a uma terra cheia de tradições e história”, disse na apresentação o argumentista Jean-Yves Ferri, revelando que nesta aventura os gauleses vão “ao coração da Escócia, onde conhecerão guerreiros aterradores e antigos clãs de Pictos e descobrirão o whisky, as gaitas de foles, as origens da Muralha de Adriano e do Monstro de Loch Ness”. Tudo, explicou, respeitando sempre “o ritmo e o jogo de palavras” dos fundadores da série.
Já Didier Conrad falou de como teve de imitar os traços originais de Uderzo, para que este livro não se descolasse dos anteriores, podendo decepcionar os fãs. “O Asterix é um mito”, disse o ilustrador, acrescentando que ter a oportunidade de desenhar as aventuras de Astérix e Obélix é “algo de extraordinário”. “Um sonho de criança tornado realidade.”
Foi em 2011 que Albert Uderzo anunciou estar “um pouco cansado” depois de 52 anos a desenhar, acreditando também que estava na altura de passar a sua criação a artistas mais jovens que pudessem continuar a história. No entanto, esta quarta-feira na apresentação em Paris Uderzo admitiu que na altura chegou a temer que as suas personagens viessem a morrer sem a sua assinatura. O que se prova agora que não aconteceu, pelo menos para já. E isto, porque explicou o francês, o universo Astérix tem “uma identidade muito forte”.
Jean-Ives Ferri (Argélia) e Didier Conrad (França) nasceram em 1959, o ano em que Uderzo e Goscinny revelaram Astérix na revista Pilote.
No entanto, o primeiro livro, Astérix, o gaulês, só saiu em 1961, dando início a uma das mais bem-sucedidas séries de banda desenhada, com mais de 350 milhões de livros vendidos em todo o mundo e traduzidos para mais de uma centena de idiomas.
A parceria entre Uderzo e Goscinny terminou em 1977 com a morte do argumentista, mas o nome de ambos foi sempre mantido na assinatura das histórias.