CDU recupera Évora, Beja e Loures
Coligação formada pelo PCP e Verdes ganha duas capitais de distrito e volta a Loures.
A estas juntam-se Loures, Grândola, Alcácer do Sal, Alandroal, Cuba, Vila Viçosa, Monforte e Silves.
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A estas juntam-se Loures, Grândola, Alcácer do Sal, Alandroal, Cuba, Vila Viçosa, Monforte e Silves.
Sobre Loures, Jerónimo de Sousa mostrou, no seu discurso, manter a esperança numa vitória de Bernardino Soares, afirmando que havia ainda a “possibilidade” de vitória em mais municípios, “nomeadamente Loures”.
Esta concretizou-se, tendo o líder parlamentar do PCP afirmado, citado pela Lusa, que a vitória "aconteceu porque a população se revoltou contra a estagnação, a promiscuidade e a má gestão". Às 00:15, com apenas duas freguesias por apurar, a CDU tinha 34,9% dos votos em Loures (teve 22,2 % em 2009), contra os 30,43% do PS (metade dos 62,06% conseguidos em 2009).
Em Beja, Jorge Pulido Valente, o candidato do PS que interrompeu em 2009 um ciclo vermelho que vinha desde o 25 de Abril, não aguentou o embate com João Rocha, ex-autarca comunista de Serpa. Já em Évora, que o PS tinha ganho em 2001, a CDU garantiu a vitória com a escolha de Carlos Pinto Sá, ex-autarca de Montemor-o-Novo.
“A votação obtida pela CDU constitui um factor de confiança e esperança de que é possível um outro caminho e um outro rumo, um estímulo à luta” e ao que esta poderá significar na “concretização de uma política alternativa”, defendeu Jerónimo de Sousa.
Para este responsável, há uma leitura política a fazer das autárquicas, e tem um âmbito nacional: os resultados do PSD e do CDS “traduzem o isolamento dos partidos do Governo e reforça a urgência da sua demissão”, sublinhou.
Perto da uma da manhã, os dados oficiais davam 10,7% dos votos à CDU (9,7% em 2009 e 10,9% em 2005), quando ainda faltavam 6% das freguesias para apurar, detendo a liderança em 26 câmaras (o total em 2009 foi de 28).