No final da 2.ª fase de acesso ao superior ficaram ainda por ocupar quase 12 mil vagas
Segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), somando os que se matricularam na 1.ª fase e os que foram colocados na 2.ª, a quebra de novas admissões no superior é de 4% por comparação a 2012, que tinha sido já um dos piores dos últimos anos.
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Segundo dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), somando os que se matricularam na 1.ª fase e os que foram colocados na 2.ª, a quebra de novas admissões no superior é de 4% por comparação a 2012, que tinha sido já um dos piores dos últimos anos.
Os resultados da 2.ª fase, disponibilizados nesta quinta-feira na página da Direcção-Geral do Ensino Superior, e que podem ser consultados também aqui, dão conta de que foram colocados 9211 novos estudantes. A redução do número de candidatos foi de cerca de 1500. Na 1.ª fase houve menos três mil colocados por comparação a 2012 e uma redução de quase cinco mil candidatos. Continuam por ocupar 11648 lugares, quando em 2012 este número estava nos 9000.
Para já, entre matriculados na 1.ª fase e colocados na 2.ª fase estão contabilizados 42404 novas admissões, menos 1540 por comparação a 2012. A manter-se a tendência na 3.ª fase, geralmente a menos concorrida de todos, será o concurso de acesso com menos candidatos e menos colocados dos últimos anos.
À 1.ª fase do concurso de acesso só podem concorrer os alunos que concluíram os exames do secundário na 1.ª fase. Mas dos 17363 estudantes que se candidataram à 2.ª fase do concurso de acesso, só 8068 não o conseguiram fazer. Os restantes candidataram-se porque não tinham conseguido colocação na 1.ª fase (2066), porque nãos e tinham matriculado (1957) ou por quererem mudar de curso apesar de já estarem matriculados (5272). Contando com todos estes grupos, o número total de colocados na 2.ª fase foi de 11486, dos quais 9211 representam novas admissões.
Das vagas iniciais colocados a concurso este ano, 82% ficaram agora preenchidas. No ano passado, no final da 2.ª fase, estavam ocupadas 84%. Mais uma vez, os cursos que ficaram com mais vagas por preencher são os de engenharia, com a Universidade de Coimbra à cabeça.
O seu curso de Engenharia Civil tem ainda 117 vagas desocupadas das 124 colocadas a concurso. As notas de candidatura dos últimos colocados variam entre 18,83 (Medicina na Universidade do Porto) e 9,5 em quatro cursos ( três do Politécnico e um da Universidade Técnica de Lisboa).
Em 16 cursos as notas dos últimos candidatos foram iguais ou superiores a 16 e 540 dos 1086 cursos ainda no concurso conseguiram preencher todas as suas vagas, incluindo claro as 25 que tinham sobrado a Medicina depois da 1.ª fase porque os estudantes colocados não se matricularam.
Dos 37415 colocados na 1.ª fase não se matricularam 4234 estudantes (11,3%), mas destes quase metade (1957) voltou a candidatar-se na 2.ª fase que agora terminou.
Segundo o MEC, dos 17510 candidatos à 2.ª fase foram excluídos 147 – “39 por não comprovação da titularidade do ensino secundário e 108 por não reunirem condições de candidatura”. O número de vagas colocadas a concurso foi de 20818. Inicialmente, eram 14176, mas a estas foram acrescentadas mais 6600, a maior parte delas derivadas do facto de os alunos colocados não se terem matriculado.
Os estudantes que agora foram colocados têm de se matricular nos respectivos cursos já a partir de hoje e até 30 de Setembro. A 3.ª e última fase do concurso de acesso decorrerá entre 3 e 7 de Outubro.