DGS apela a vacinação contra a gripe com doses gratuitas acima dos 65 anos
Idosos, grávidas, doentes crónicos e profissionais de saúde são os grupos prioritários. Mas a vacina também é recomendada a quem tem menos de 64 anos, estando disponível mediante receita médica nas farmácias.
Em termos de grupos prioritários, a vacina deve ser dada às pessoas com mais de 65 anos, a todos os que tenham doenças crónicas, às crianças com mais de seis meses, às grávidas com mais de 12 semanas de gestação e aos profissionais de saúde ou cuidadores que trabalhem com idosos ou crianças. A vacina é também recomendada aos menores de 64 anos.
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Em termos de grupos prioritários, a vacina deve ser dada às pessoas com mais de 65 anos, a todos os que tenham doenças crónicas, às crianças com mais de seis meses, às grávidas com mais de 12 semanas de gestação e aos profissionais de saúde ou cuidadores que trabalhem com idosos ou crianças. A vacina é também recomendada aos menores de 64 anos.
“A vacina contra a gripe é gratuita para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e está disponível nos centros de saúde, não necessitando de receita médica ou guia de tratamento para ser administrada. Neste grupo etário pretende-se atingir uma taxa de vacinação de, pelo menos, 60%”, explica a Direcção-Geral da Saúde. A vacina está disponível a partir de dia 1 de Outubro.
No último Inverno, o primeiro em que foi gratuito para este grupo, as estimativas apontam para que se tenham vacinado 55% das pessoas com 65 ou mais anos. Mesmo assim, o objectivo de convergir com as metas da Organização Mundial da Saúde de ter 75% da população imunizada ainda está longe de alcançado.
A vacina é também gratuita para quem esteja internado em instituições particulares de solidariedade social (IPSS), nas misericórdias ou lares ligados à Segurança Social, bem como a doentes integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e a crianças ou deficientes institucionalizados.
Neste Inverno de 2013/2014, a vacina contra a gripe sazonal, à semelhança dos outros anos, vai proteger as pessoas das três estirpes do vírus que a Organização Mundial da Saúde previu que mais vão circular: A(H3N2), B/Yamagata e A(H1N1) — esta última idêntica à da gripe pandémica de 2009.
Para as pessoas não incluídas nos grupos abrangidos pela vacinação gratuita, a vacina é disponibilizada nas farmácias, nos mesmos moldes das épocas anteriores, através de prescrição médica. As receitas emitidas a partir de dia 1 de Agosto onde seja apenas prescrita a vacina contra a gripe são válidas até dia 31 de Dezembro.
Da gripe …à pneumonia
As principais causas de morte nos hospitais públicos em 2012, considerando algumas patologias específicas, foram a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e a pneumonia. No ano passado, 10.313 pessoas morreram devido a esta doença pulmonar progressiva e 8847 com pneumonia, indicam os dados preliminares de 2012 da morbilidade dos hospitais no Serviço Nacional de Saúde do continente, divulgados em Julho pela Direcção-Geral da Saúde.
São dados que representam um ligeiro aumento face a 2011, ano em que se registaram 8530 mortes por pneumonia nos hospitais públicos e 9848 por doença pulmonar obstrutiva crónica. Estas estatísticas contemplam apenas a realidade hospitalar, avisou na altura Paulo Nogueira, director de serviços de informação e análise da DGS, que nota que em Portugal as doenças do aparelho circulatório, em geral, continuam a ser as principais causas de morte. Paulo Nogueira explicou também que em 2012 houve uma epidemia de gripe que afectou sobretudo pessoas mais idosas, algumas das quais acabaram por morrer com pneumonia.
A vacinação contra a gripe é fundamental para prevenir a doença e a transmissão. A gripe é a principal doença do adulto prevenível pela vacinação e, no nosso país, esta infecção é responsável por milhares de internamentos hospitalares e centenas de óbitos. Na Europa, estima-se que o excesso médio de óbitos associados à gripe seja de 40 mil por época. Em Portugal, a média ao longo de várias épocas foi de cerca de 2400 óbitos.
A gripe é uma infecção aguda viral provocada pelo vírus influenza, que afecta sobretudo o sistema respiratório. No adulto, o quadro clínico típico caracteriza-se pelo aparecimento súbito de mal-estar geral, febre, dores musculares e nas articulações, arrepios, dor de cabeça e corrimento nasal.