Portas apela ao voto em "gente de contas certas"
"Não vão atrás de aventureiros, não se fiem em projectos megalómanos, não acreditem em obras faraónicas", avisou líder do CDS.
"Quem endivida hipoteca e quem hipoteca está a reduzir o futuro a um pedaço de sofrimento e, por isso mesmo, queria, em primeiro lugar, apelar a que todos estivessem cientes e, nesta primeira eleição em que o país sabe dolorosamente o que é um protectorado, o que é perder a sua autonomia e o que é depender dos seus credores, escolham gente de contas certas e gente que saiba fazer contas", disse Paulo Portas.
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"Quem endivida hipoteca e quem hipoteca está a reduzir o futuro a um pedaço de sofrimento e, por isso mesmo, queria, em primeiro lugar, apelar a que todos estivessem cientes e, nesta primeira eleição em que o país sabe dolorosamente o que é um protectorado, o que é perder a sua autonomia e o que é depender dos seus credores, escolham gente de contas certas e gente que saiba fazer contas", disse Paulo Portas.
O vice-primeiro-ministro falava durante um jantar de apoio à candidatura da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Alvito, liderada por Manuel Maria Barroso, no âmbito das eleições autárquicas do próximo domingo, no qual participou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.
Segundo Paulo Portas, "tendo o país passado e ainda estando a viver" aquilo a que tem chamado "a fase do protectorado", “há uma coisa que os portugueses aprenderam à sua custa e, certamente, não querem repetir: dívida a mais e défice a mais significam desemprego a mais e impostos a mais e, por isso, quando se trata de escolher um presidente de câmara, é bom escolher alguém com contas certas e que saiba fazer contas".
"Peço-vos: não vão atrás de aventureiros, não se fiem em projectos megalómanos, não acreditem em obras faraónicas. Toda a gente percebe que os recursos não são infinitos, que é preciso fazer escolhas e que quem promete o que não pode cumprir está, primeiro, a hipotecar-vos, segundo, a endividar-vos e, terceiro, a prejudicar as próximas gerações", avisou Paulo Portas.
O líder do CDS-PP apelou também aos autarcas para que, em tempos muito difíceis e em que há sofrimento em diferentes camadas da população, "na dúvida, se for preciso escolher entre obra pública e pessoa humana", escolham "o humanismo" e "estar ao lado de quem sofre em primeiro lugar".
No entanto, nem só a política social "tem lugar" e o investimento também é "necessário", frisou, pedindo aos autarcas para tratarem os investidores como "amigos".
"Só há crescimento com investimento, só há investimento com iniciativa privada, só há iniciativa privada com confiança e só há confiança no plano autárquico quando uma câmara municipal está muito bem organizada de maneira a que os impostos municipais sejam baixos", os serviços "despachados" e "quando há um investidor que quer investir é tratá-lo bem, como um amigo", defendeu Paulo Portas.