BlackBerry aceita oferta de compra de 3500 milhões feita pelo fundo canadiano Fairfax

Compradores têm seis semanas para avaliar o negócio da multinacional, que poderá procurar outros interessados.

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A BlackBerry estava desde Agosto publicamente à procura de comprador Shannon Stapleton/Reuters

O fundo é canadiano, tal como a BlackBerry, e já é dono de 10% da empresa. Pagará aos accionistas em dinheiro.

O Fairfax tem agora seis semanas para avaliar as contas da multinacional e decidir se finaliza o negócio. Durante este período, a BlackBerry poderá continuar à procura de comprador, mas terá de pagar uma indeminização caso aceite uma oferta alternativa, no valor de 30 cêntimos de dólar por acção. Caso aceite outra oferta já depois de ter assinado um acordo definitivo com o Fairfax, a indeminização aumenta para 50 cêntimos por acção.

A BlackBerry, cuja popularidade dos telemóveis caiu drasticamente, tinha no mês passado anunciado publicamente estar disposta a ser comprada, no que alguns analistas consideraram uma manobra de último recurso por não ter encontrado interessados num negócio.

Na semana passada, a multinacional anunciou um corte de 4500 funcionários em todo o mundo, um número ligeiramente superior a um terço da força de trabalho – em Março, da última vez que comunicou o número de trabalhadores, tinha 12.700 funcionários. Também na semana passada, a empresa avisou que apresentaria na próxima comunicação de resultados um prejuízo trimestral entre os 950 e os 995 milhões de dólares (entre 700 e os 735 milhões de euros). Apesar dos maus resultados dos últimos anos, a BlackBerry não tem dívidas e tem uma liquidez de 2600 milhões de dólares.

Este é o segundo grande negócio do género este mês. A operação de telemóveis da Nokia, outra fabricante que não conseguiu fazer com sucesso a transição para a era dos smartphones modernos, foi vendida à Microsoft, um parceiro estratégico desde 2011, por 5440 milhões de euros.

A BlackBerry foi em tempos quase sinónimo de smartphone, conhecida pela segurança dos telemóveis, pelo sistema de mensagens próprio e pelo teclado físico, que foi a imagem da marca. A chegada do iPhone, em 2007, mudou o conceito de telemóvel e a canadiana não se conseguiu adaptar à preferência dos consumidores por ecrãs sensíveis ao toque e por plataformas recheadas de aplicações.

Este ano, os BlackBerry perderam o terceiro lugar no mercado para a plataforma Windows Phone, que é vendido sobretudo em aparelhos da Nokia. De acordo com dados da analista IDC, respeitantes ao segundo trimestre, o sistema Android liderava com 79,3% do mercado, seguido do iOS, da Apple, com 13,2%. O Windows Phone tinha 3,7% e a BlackBerry, 2,9%.

Ainda na semana passada, a empresa introduziu no mercado o telemóvel Z30, o quarto modelo com o sistema operativo BlackBerry 10, apresentado no início do ano como um momento de transformação da multinacional.

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O fundo é canadiano, tal como a BlackBerry, e já é dono de 10% da empresa. Pagará aos accionistas em dinheiro.

O Fairfax tem agora seis semanas para avaliar as contas da multinacional e decidir se finaliza o negócio. Durante este período, a BlackBerry poderá continuar à procura de comprador, mas terá de pagar uma indeminização caso aceite uma oferta alternativa, no valor de 30 cêntimos de dólar por acção. Caso aceite outra oferta já depois de ter assinado um acordo definitivo com o Fairfax, a indeminização aumenta para 50 cêntimos por acção.

A BlackBerry, cuja popularidade dos telemóveis caiu drasticamente, tinha no mês passado anunciado publicamente estar disposta a ser comprada, no que alguns analistas consideraram uma manobra de último recurso por não ter encontrado interessados num negócio.

Na semana passada, a multinacional anunciou um corte de 4500 funcionários em todo o mundo, um número ligeiramente superior a um terço da força de trabalho – em Março, da última vez que comunicou o número de trabalhadores, tinha 12.700 funcionários. Também na semana passada, a empresa avisou que apresentaria na próxima comunicação de resultados um prejuízo trimestral entre os 950 e os 995 milhões de dólares (entre 700 e os 735 milhões de euros). Apesar dos maus resultados dos últimos anos, a BlackBerry não tem dívidas e tem uma liquidez de 2600 milhões de dólares.

Este é o segundo grande negócio do género este mês. A operação de telemóveis da Nokia, outra fabricante que não conseguiu fazer com sucesso a transição para a era dos smartphones modernos, foi vendida à Microsoft, um parceiro estratégico desde 2011, por 5440 milhões de euros.

A BlackBerry foi em tempos quase sinónimo de smartphone, conhecida pela segurança dos telemóveis, pelo sistema de mensagens próprio e pelo teclado físico, que foi a imagem da marca. A chegada do iPhone, em 2007, mudou o conceito de telemóvel e a canadiana não se conseguiu adaptar à preferência dos consumidores por ecrãs sensíveis ao toque e por plataformas recheadas de aplicações.

Este ano, os BlackBerry perderam o terceiro lugar no mercado para a plataforma Windows Phone, que é vendido sobretudo em aparelhos da Nokia. De acordo com dados da analista IDC, respeitantes ao segundo trimestre, o sistema Android liderava com 79,3% do mercado, seguido do iOS, da Apple, com 13,2%. O Windows Phone tinha 3,7% e a BlackBerry, 2,9%.

Ainda na semana passada, a empresa introduziu no mercado o telemóvel Z30, o quarto modelo com o sistema operativo BlackBerry 10, apresentado no início do ano como um momento de transformação da multinacional.