PT espera que Centro de Dados da Covilhã contribua para recuperação do país

Projecto implicou um investimento de 90 milhões de euros e inclui duas estruturas: um centro de apoio e supervisão e um edifício do centro de dados.

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Se a PT, liderada por Zeinal Bava, ganhar o concurso, não deverá receber compensação Foto: Rui Gaudêncio

"Vamos transformar a Covilhã num polo agregador de valências tecnológicas e fazer disto uma grande exportação do país e ajudar à recuperação económica para o futuro", afirmou em declaração aos jornalistas realizada à margem da cerimónia de inauguração.

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"Vamos transformar a Covilhã num polo agregador de valências tecnológicas e fazer disto uma grande exportação do país e ajudar à recuperação económica para o futuro", afirmou em declaração aos jornalistas realizada à margem da cerimónia de inauguração.

No acto inaugural, que decorreu esta manhã, estavam presentes vários empresários e investidores internacionais e foram assinados os primeiros contratos com os novos clientes da PT.

Entre estes destacam-se três instituições financeiras (Banco BIC, BCP, BPI), os grupos Amorim, Interpass, Mello e Lena ou a Câmara Municipal da Covilhã, a Impressa e a empresa WeDo Tecnologie (grupo Sonae), bem como outras empresas nacionais e internacionais, especificamente do Brasil e África.

Da lista ainda não consta nenhum organismo do Governo português e, à pergunta dos jornalistas sobre se gostaria que tal viesse a acontecer, Zeinal Bava reafirmou "a disponibilidade" da PT para trabalhar com "todos".

"Gostávamos de ter todos como clientes. Como podem imaginar este investimento está feito a pensar num aumento da nossa quota de mercado, mas não só", afirmou.

Este projecto implicou um investimento de 90 milhões de euros e inclui duas estruturas, nomeadamente um centro de apoio e supervisão e um edifício do centro de dados que é em forma de cubo perfeito, tem 33 metros de altura e acolhe apenas três pisos, cada um com uma altura equivalente a 11 andares.

Dentro de cada um, além dos sistemas de refrigeração e climatização, encontram-se seis salas com 520 metros quadrados que alojam toda a tecnologia necessária ao armazenamento de dados informáticos e digitais.

O bloco hoje inaugurado tem capacidade para 12.500 servidores, mas o projecto prevê a construção de mais três cubos e uma capacidade instalada de 50.000 servidores com 30 'Pbytes' [Um Petabyte é igual a um milhão de gigabytes], o correspondente a 75 milhões de filmes em alta definição, mais 14 mil milhões de fotografias e três mil milhões de músicas.

As estimativas da PT apontam para que nessa altura estejam ocupados 75.500 metros quadrados (o equivalente a onze campos de futebol ou 340 campos de ténis) e sejam criados 1.400 postos de trabalho: 400 directos e mil indirectos.

Por enquanto, ficam afectos ao Data Center da Covilhã 100 trabalhadores.

Questionado pelos jornalistas sobre a data prevista de início de construção do segundo bloco, Zeinal Bava preferiu não avançar datas, fazendo depender a decisão da procura de mercado.

A "redução significativa de custos", a "agilidade" e possibilidade de adaptação contínua às necessidades (pode aumentar ou diminuir a capacidade de armazenamento adquirida) são algumas das vantagens que a PT apresenta aos clientes.

Os argumentos da sustentabilidade ambiental e da segurança também são apresentados como aspectos diferenciadores deste Data Center.