Expulsão e autogolo ajudam Benfica a vencer em Guimarães

“Encarnados” aproveitaram as “ofertas” do V. Guimarães para somar um difícil triunfo no terreno dos minhotos.

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O Benfica somou uma difícil vitória em Guimarães Miguel Vidal/Reuters

A partida não teve muitas ocasiões de golo. O relvado soltava-se com muita facilidade e o futebol foi mais de luta do que virtuoso. O Vitória, com um meio-campo lutador, emperrou ao máximo a construção de jogo do Benfica, enquanto na frente Maazou obrigou a uma atenção constante por parte da defesa “encarnada”.

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A partida não teve muitas ocasiões de golo. O relvado soltava-se com muita facilidade e o futebol foi mais de luta do que virtuoso. O Vitória, com um meio-campo lutador, emperrou ao máximo a construção de jogo do Benfica, enquanto na frente Maazou obrigou a uma atenção constante por parte da defesa “encarnada”.

Os benfiquistas, muito pressionados quando tinham a bola, não conseguiam apoiar como seria desejável os seus homens mais avançados. E como Markovic e Djuricic se mostravam desinspirados, as iniciativas de Enzo Pérez eram insuficientes para alimentar Cardozo.

O jogo começou com muita rispidez de parte a parte. Um par de entradas demasiado impetuosas tornaram a partida pouco interessante e com inúmeras interrupções nos primeiros minutos. Nenhuma das equipas queria deixar passar a imagem de que se encolhia frente à outra e o resultado foi um desafio intenso mas feio.

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Com o tempo, o V. Guimarães acomodou-se melhor a este futebol de permanente pressão. A equipa de Rui Vitória mostrou ser capaz de construir ataques rápidos e, por diversas ocasiões no primeiro tempo, incomodou a defesa “encarnada”. Um remate de André Santos (27’) foi, talvez, a situação mais perigosa dos minhotos nesta fase, a par de um outro “tiro”, desta vez de Leonel Olímpio, mas que saiu ao lado da baliza benfiquista, já muito perto do intervalo.

No Benfica, notou-se a incapacidade de Djuricic pegar no futebol da equipa. Sem um homem capaz de empurrar a equipa para a frente, o futebol ofensivo dos lisboetas resumiu-se ao esforço de Enzo Pérez. O argentino esteve no lance mais perigoso dos “encarnados” nos 45 minutos iniciais, quando ofereceu a Siqueira a hipótese de inaugurar o marcador (33’). Valeu aos vimaranenses a boa defesa de Douglas.

Jesus luta com polícia
O segundo tempo foi diferente. O Benfica surgiu mais dominador, embora o prato da balança só tenha definitivamente caído para o lado dos “encarnados” com a expulsão de Addy (por acumulação de cartões amarelos).

Já em superioridade numérica e com Lima em campo, os benfiquistas viram o árbitro não assinalar uma falta cometida sobre o brasileiro, que renderia um precioso penálti face às dificuldades que estavam a sentir para incomodar Douglas.

A benesse surgiria de outro lado. Marco Matias, na tentativa de travar um remate de Cardozo que ia na direcção da sua baliza, ofereceu o peito à bola. Só que, com este movimento, o médio impediu a defesa do seu guarda-redes e impeliu a bola para o fundo das redes.

Em vantagem no marcador e no número de jogadores em campo, o Benfica tinha todas as condições para controlar a partida. Mas o Vitória não baixou os braços e pressionou os “encarnados” até ao apito final, fazendo com que os últimos minutos do encontro fossem de algum sufoco para os visitantes.

A vitória sofrida foi comemorada pelos jogadores do Benfica junto dos seus adeptos. Alguns chegaram mesmo a saltar das bancadas para o relvado, obrigando à intervenção dos assistentes de campo (stewards)  e de elementos da polícia. Só que Jorge Jesus não gostou de ver a actuação policial e envolveu-se fisicamente com alguns agentes, que tentavam deter um dos adeptos. Jesus empurrou e bateu, até ser acalmado e encaminhado para os balneários.