“Tudo falhou” e Portugal está à beira de novo resgate, avisa o BE

Catarina Martins lembra a promessa de Passos Coelho, que dizia há um ano que o país regressaria aos mercados a 23 de Setembro de 2013.

À margem de uma arruada em Guimarães este sábado de manhã, Catarina Martins afirmou que o consenso a que o Presidente da República apela é a "volta da austeridade" e para "salvar" um Governo de direita. Na ocasião, acusou ainda o PS de ter sido o "seguro de vida" de um Executivo que "já estava morto" e Paulo Portas de estar a "engolir a linha vermelha" que prometeu não ultrapassar, ao aceitar incluir no Orçamento de Estado (OE) para 2014 cortes nas pensões.

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À margem de uma arruada em Guimarães este sábado de manhã, Catarina Martins afirmou que o consenso a que o Presidente da República apela é a "volta da austeridade" e para "salvar" um Governo de direita. Na ocasião, acusou ainda o PS de ter sido o "seguro de vida" de um Executivo que "já estava morto" e Paulo Portas de estar a "engolir a linha vermelha" que prometeu não ultrapassar, ao aceitar incluir no Orçamento de Estado (OE) para 2014 cortes nas pensões.

"Há um ano, Pedro Passos Coelho garantia que no dia 23 de Setembro de 2013 Portugal ia regressar aos mercados. A 48 horas desse dia, o que vemos é Portugal na iminência de um segundo resgate", apontou Catarina Martins.

Segundo a líder bloquista, "tudo falhou, tudo foi mal feito e tudo correu mal". Apontou que "a recessão é muito mais profunda do que tinham dito que seria, o desemprego tem um valor avassalador, a dívida pública continua a crescer, o défice não está controlado".

Aliás, referiu, "não há nada que o sr. primeiro-ministro tenha dito que tenha acontecido".

Sobre os apelos ao consenso que o Presidente da República tem feito, Catarina Martins considerou que esse consenso é "em torno da austeridade" para o país.

"O Presidente da República apela a um consenso para salvar o Governo de direita. O que é triste é sabermos que o PS tem aceitado entrar neste jogo. Durante uma semana, o PS aceitou o namoro com o Governo e foi assim o seguro de vida de um Governo que já estava morto", acusou.

A solução para a situação do país passa, salientou Catarina Martins, pelo voto no Bloco no dia 29.

"Num momento em que percebemos todo o falhanço da política do Governo, precisamos no dia 29 de Setembro é de uma clara [votação] em todo o país contra a política da troika e deste Governo. Essa será com o BE", disse.