Starbucks pede a clientes que não entrem com armas

“A presença de uma arma nas nossas lojas é inquietante e perturbadora para muitos dos nossos clientes”, defende Howard Schultz, administrador executivo da Starbucks

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A cadeia norte-americana de cafés Starbucks está a pedir aos clientes armados que deixem as suas armas à porta, embora não proíba abertamente armas de fogo.

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A cadeia norte-americana de cafés Starbucks está a pedir aos clientes armados que deixem as suas armas à porta, embora não proíba abertamente armas de fogo.

Num país cheio de gente armada, com um surto de tiroteios em escolas e outros locais públicos, o último dos quais ocorreu esta semana em Washington, alguns estados autorizam as pessoas a transportar armas licenciadas livremente.

A Starbucks tem-se visto arrastada para o conturbado debate sobre a necessidade de leis mais duras de controlo de armas nos Estados Unidos, porque discorda da legislação local sobre liberdade de porte de armas. Tal levou opositores a leis mais rígidas sobre armas a encenar os chamados “Starbucks Appreciation Days” em alguns dos seus cafés.

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Howard Schultz, administrador executivo da Starbucks Jose Miguel Gomez/Reuters

Em comunicado, o administrador executivo da Starbucks, Howard Schultz, declarou que a cadeia de cafés conhecida em todo o mundo “não quer esses eventos nas lojas”. Schultz disse que os activistas anti-armas também têm importunado e confrontado clientes e funcionários e que a Starbucks se encontra, assim, involuntariamente, no meio do debate nacional. “É por essa razão que escrevo hoje, com um respeitoso pedido aos clientes para que deixem de trazer armas de fogo para dentro das nossas lojas ou áreas exteriores de esplanada”, escreveu Schultz.

O pedido aplica-se inclusive em estados nos quais as chamadas leis abertas de porte de arma — legislação que deixa as pessoas transportar uma arma abertamente em público — estão em vigor, sublinhou. O patrão da Starbucks insistiu em que este pedido não é uma proibição aberta, por várias razões: a empresa quer dar aos “proprietários de armas responsáveis” a oportunidade de honrarem o seu pedido, e porque uma proibição poderia obrigar os funcionários a confrontar clientes com armas.

"Não podemos satisfazer toda a gente”, escreveu Schultz, acrescentando que "as assembleias legislativas são o local certo para o debate, não os cafés Starbucks”. Para o administrador, as pessoas que apoiam as leis abertas de porte de arma devem compreender que os cafés da Starbucks “são locais onde toda a gente deveria sentir-se descontraída e confortável”. “A presença de uma arma nas nossas lojas é inquietante e perturbadora para muitos dos nossos clientes”, defendeu.