Como Um Trovão

É um filme ambicioso, aquele com que Derek Cianfrance segue Blue Valentine - Só Tu e Eu: uma espécie de saga familiar de câmara em três actos sequenciais, sobre a intersecção entre um motard feirante (Ryan Gosling) e um polícia inexperiente (Bradley Cooper, de A Ressaca), e o modo como esse cruzamento fugaz afecta, para o bem e para o mal, os filhos de ambos. É, também ele, um filme na intersecção: de um fôlego narrativo de saga clássica e de uma complexidade existencial herdada do cinema americano dos anos 1970, um pouco à imagem do que James Gray tem explorado, que Cianfrance nem sempre resolve a contento e, que a partir de certo ponto, parece até refugiar-se em rimas e referências um pouco fáceis. Mas é a sinceridade e a energia da ambição, mesmo frustrada, de Como um Trovão, e da sua reflexão inteligente sobre os “pecados dos pais” e a dificuldade que o indivíduo tem em distanciar-se da imagem que a sociedade criou dele, que leva a terceira ficção de Derek Cianfrance para a coluna do haver.

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É um filme ambicioso, aquele com que Derek Cianfrance segue Blue Valentine - Só Tu e Eu: uma espécie de saga familiar de câmara em três actos sequenciais, sobre a intersecção entre um motard feirante (Ryan Gosling) e um polícia inexperiente (Bradley Cooper, de A Ressaca), e o modo como esse cruzamento fugaz afecta, para o bem e para o mal, os filhos de ambos. É, também ele, um filme na intersecção: de um fôlego narrativo de saga clássica e de uma complexidade existencial herdada do cinema americano dos anos 1970, um pouco à imagem do que James Gray tem explorado, que Cianfrance nem sempre resolve a contento e, que a partir de certo ponto, parece até refugiar-se em rimas e referências um pouco fáceis. Mas é a sinceridade e a energia da ambição, mesmo frustrada, de Como um Trovão, e da sua reflexão inteligente sobre os “pecados dos pais” e a dificuldade que o indivíduo tem em distanciar-se da imagem que a sociedade criou dele, que leva a terceira ficção de Derek Cianfrance para a coluna do haver.