Vaga de centenas de imigrantes ilegais transborda em Melilla e Ceuta
As cidades enclave espanholas em Marrocos estão a enfrentar uma enorme vaga de imigração, por vezes com cenas violência.
Foi pelas 6h30 que os imigrantes arrancaram completamente a rede de 6,10 metros de altura, na zona entre o posto fronteiriço do Bairro Chinês e o Aeroporto de Melilla autónoma, noticiou a agência EFE. Agiram “com grande violência”, segundo a agência EFE, que cita a Delegação do Governo em Melilla, lançando objectos contra as forças de segurança. Há seis feridos entre os agentes da fronteira e um imigrante, com uma fractura numa perna, e danos materiais.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Foi pelas 6h30 que os imigrantes arrancaram completamente a rede de 6,10 metros de altura, na zona entre o posto fronteiriço do Bairro Chinês e o Aeroporto de Melilla autónoma, noticiou a agência EFE. Agiram “com grande violência”, segundo a agência EFE, que cita a Delegação do Governo em Melilla, lançando objectos contra as forças de segurança. Há seis feridos entre os agentes da fronteira e um imigrante, com uma fractura numa perna, e danos materiais.
Durante duas horas, a Guarda Civil tentou conter esta pequena invasão, usando até um helicóptero, relata o El País, mas os imigrantes dispararam a correr em várias direcções dentro da cidade, pelo que as autoridades continuam ainda à sua procura. Há notícias de avistamentos nos bosques do monte Gurugú. Quando forem detidos, serão depois acolhidos no centro de estadia temporária.
Em Ceuta, 91 imigrantes tinham sido detidos pela polícia, depois de terem passado a fronteira de Tarajal, num grupo que as autoridades estimam ter sido de 350 pessoas, adianta a agência noticiosa Europa Press. Mas, neste caso, a entrada ter-se-á feito a nado. Muitos foram interceptados pela polícia fronteiriça marroquina.
A última entrada maciça na praia do Tarajal deu-se a 2 de Setembro, e nesta participaram cerca de 80 imigrantes, dos quais 33 conseguiram chegar a Ceuta.
Segundo a Delegação do Governo em Ceuta, a pressão migratória sobre esta cidade autónoma duplicou este ano: foram interceptados 874 imigrantes ilegais entre Janeiro e Agosto, face a 393 no mesmo período do ano passado.
A 12 de Setembro, a fronteira de Ceuta foi alvo de um assalto de contornos violentos: um veículo todo-o-terreno com 14 imigrantes ilegais a bordo irrompeu pelas 3h00 da madrugada a toda a velocidade e sem parar pelos postos fronteiriços de ambos os países, separados por cerca de 200 metros. Um polícia marroquino foi atropelado e ficou ferido com gravidade, mas os ocupantes do carro acabaram por ser detidos. O condutor do carro era natural de Ceuta.
Este método de conduzir um carro a alta velocidade sem parar para introduzir imigrantes ilegais é comum em Melilla, mas não em Ceuta, diz o El País. Em Ceuta não havia nenhum caso assim há sete anos.