Durante umas horas, a Internet iraniana esteve sem censura
Pensou-se que o Presidente, Hassan Rohani, teria acabado com as limitações impostas após os protestos de 2009, mas a explicação oficial é que se terá tratado de uma falha técnica.
Thomas Erdbrink, o correspondente do jornal norte-americano New York Times em Teerão, tweetava alegremente ontem à noite: “OK, pessoal, se os boatos são verdadeiros, este é o meu primeiro tweet usando o serviço de Internet no telefone do Irão sem VPN!!!”. Esta tecnologia, virtual private network (VPN), tem sido usada pelos iranianos para contornar a censura à Internet imposta pelo regime após os protestos de 2009. Trata-se de uma rede privada que usa a Internet para se ligar a sites ou utilizadores utilizando ligações virtuais, como se estivesse ligado apenas à rede privada. Desta forma, se uma terceira parte interceptar a comunicação encriptada, não a conseguirá ler.
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Thomas Erdbrink, o correspondente do jornal norte-americano New York Times em Teerão, tweetava alegremente ontem à noite: “OK, pessoal, se os boatos são verdadeiros, este é o meu primeiro tweet usando o serviço de Internet no telefone do Irão sem VPN!!!”. Esta tecnologia, virtual private network (VPN), tem sido usada pelos iranianos para contornar a censura à Internet imposta pelo regime após os protestos de 2009. Trata-se de uma rede privada que usa a Internet para se ligar a sites ou utilizadores utilizando ligações virtuais, como se estivesse ligado apenas à rede privada. Desta forma, se uma terceira parte interceptar a comunicação encriptada, não a conseguirá ler.
A censura não se fica só pela Internet: o Conselho Supremo para o Ciberespaço tornou inacessíveis milhões de páginas online, mas há também uma unidade de polícia especial que chega a ir a casa das pessoas, para lhes dizer que não podem aceder a sites bloqueados. Em Junho, na altura das últimas eleições presidenciais, a censura e a repressão estiveram especialmente apertadas.
Mas o novo Presidente iraniano, Hassan Rohani, prometeu várias vezes reduzir a censura da Internet, descrevendo-a como “fútil”. Vários dos seus ministros, incluindo o ministros dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, criaram páginas no Facebook e contas no Twitter e alguns são bastante activos, diz ainda o New York Times. Por isso, no momento em que o firewall iraniana, caiu, muitos utilizadores da Internet interpretaram o momento como se tivesse caído o Muro de Berlim.
“Não faço ideia de quanto tempo é que isto vai durar, mas estou a gozar enquanto dura”, escreveu no Twitter o utilizador Jason Rezaian, citado pelo site Mashable.com. “Obrigada, Rohani!!!”, exclamava uma utilizadora do Facebook chamada Bita, citada pelo jornal de Nova Iorque.