Catarina Martins defende que está na hora de os portugueses "chumbarem" a troika
Governo de direita prepara-se para "cortar sempre mais", afirma a líder do Bloco na Figueira da Foz.
"Neste momento, aquilo de que precisamos não é nem de mais cortes nem sequer de tentar perceber se a austeridade pode ficar boazinha, como defende António José Seguro. Dois anos e meio depois da troika em Portugal, com a destruição da economia, do emprego, dos salários a que temos assistido, está é na hora de os portugueses avaliarem a troika e de a chumbarem, rotundamente", afirmou Catarina Martins.
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"Neste momento, aquilo de que precisamos não é nem de mais cortes nem sequer de tentar perceber se a austeridade pode ficar boazinha, como defende António José Seguro. Dois anos e meio depois da troika em Portugal, com a destruição da economia, do emprego, dos salários a que temos assistido, está é na hora de os portugueses avaliarem a troika e de a chumbarem, rotundamente", afirmou Catarina Martins.
À margem de um encontro com o movimento de cidadãos SOS Cabedelo / Cidade Surf, na Figueira da Foz, a dirigente do BE adiantou que o Governo "parece completamente incapaz de ter qualquer estratégia" para o país.
Questionada sobre a intenção do Governo de manter, em 2014, a contribuição extraordinária de solidariedade, Catarina Martins respondeu que "nada" daquilo que o executivo de coligação PSD/CDS diz "vale mais do que uma hora".
"Lembram-se, com certeza, da linha vermelha de Paulo Portas sobre as pensões, lembram-se também do 'irrevogável', que afinal era revogável, e também das metas do défice, que iam ser negociadas e afinal não são. O que nós sabemos é que esta direita se prepara para cortar sempre mais", alegou.
Segundo a dirigente do BE, os pensionistas continuarão a ter "todos os cortes e todos os impostos que tinham este ano", agravados, para o ano, "com mais cortes ainda para quem tem pensões acima de 600 euros ou pensões de sobrevivência acima de 419 euros", disse Catarina Martins.
"A forma como os pensionistas estão a ser atacados por este Governo é uma forma de quebra do contrato social intergeracional em Portugal, é substituir o Estado social pelo salve-se quem puder e, portanto, tem de ser travado", frisou.