Tudo a postos para endireitar o Costa Concordia

Uma gigantesca operação que levou meses a montar vai culminar nesta segunda-feira na colocação na vertical do gigantesco navio que naufragou em Itália em 2012.

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A luz verde oficial para a operação que decorre nesta segunda-feira só está dependente das condições meteorológicas, porque de resto já está tudo a postos. A protecção civil italiana anunciou na tarde deste domingo que o estado da meteorologia e do mar são compatíveis, o que permite que por volta das seis horas da manhã (7h00 em Portugal continental) arranquem os trabalhos.

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A luz verde oficial para a operação que decorre nesta segunda-feira só está dependente das condições meteorológicas, porque de resto já está tudo a postos. A protecção civil italiana anunciou na tarde deste domingo que o estado da meteorologia e do mar são compatíveis, o que permite que por volta das seis horas da manhã (7h00 em Portugal continental) arranquem os trabalhos.

“Endireitar o <i>Concordia</i> representa o menor risco”, garantiu o chefe da protecção civil Franco Gabrielli, igualmente comissário especial do Governo para a gestão do caso <i>Concordia</i>. A operação avança neste fim de Verão porque os técnicos consideraram que o navio dificilmente resistiria inteiro a um terceiro Inverno, deitado contra as rochas da ilha de Giglio.

“A nossa principal preocupação relaciona-se com eventuais problemas de natureza ambiental”, disse Gabrielli, citado pela AFP. À volta do navio, foram colocadas barreiras marinhas flutuantes antipoluição e está também previsto um dispositivo para bombear líquidos tóxicos que possam sair do navio durante a operação.

Pelo menos uma centena de pessoas vão participar nesta operação, uma estreia mundial para um navio deste tamanho, sob a direcção do perito sul-africano em resgates de navios, Nick Sloane. Os trabalhos, cuidadosamente orquestrados, devem começar de madrugada e irão continuar ao longo de todo o dia.

O navio, que está completamente deitado sobre o flanco direito, foi estabilizado graças a centenas de sacos de cimento colocados por mergulhadores no fundo do mar, e por uma plataforma do tamanho de um campo de futebol que foi fixada e se encontra debaixo de água, e na qual vão repousar os blocos colocados no flanco esquerdo do navio assim que este estiver na vertical.

O barco será levantado com a ajuda de enormes cabos até ao momento em que será a força da gravidade a fazer o seu trabalho. Quando o <i>Concordia</i> estiver direito, serão imediatamente colocados contrapesos flutuantes no seu flanco direito, para equilibrar o barco de modo a que este não se deite para o outro lado.