Louçã acusa o Governo de mentir e de fazer “extracção financeira” com aumento de impostos
Ex-líder esteve no Porto para apoiar candidato do BE à câmara. Reclama “cartão vermelho” a Menezes, o “rosto do populismo da troika no Porto”.
Louçã esteve no Porto para apoiar o candidato José Soeiro e fez uma visita ao mercado do Bolhão, onde aludiu ainda ao facto de o ministro da Economia e Emprego, Pires de Lima, ter “prometido opôr-se ao aumento do IVA”. “Já é ministro há tempo suficiente para se lhe exigir que cumpra a sua palavra. Não cumpriu. Parece que agora o Governo quer uma pequena alteração do IVA em metade do ano para ter o mínimo efeito possível. Os impostos tornaram-se numa forma de garrote sobre a economia”, disse.
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Louçã esteve no Porto para apoiar o candidato José Soeiro e fez uma visita ao mercado do Bolhão, onde aludiu ainda ao facto de o ministro da Economia e Emprego, Pires de Lima, ter “prometido opôr-se ao aumento do IVA”. “Já é ministro há tempo suficiente para se lhe exigir que cumpra a sua palavra. Não cumpriu. Parece que agora o Governo quer uma pequena alteração do IVA em metade do ano para ter o mínimo efeito possível. Os impostos tornaram-se numa forma de garrote sobre a economia”, disse.
Louçã acusou ainda o vice primeiro-ministro, Paulo Portas e a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque de terem dito esta semana que queriam “um alívio do défice” e depois “dizerem que afinal isso não iria acontecer” porque a troika “lhes puxou as orelhas”.
“O Governo quer baixar o IRC para os grandes grupos económicos e montou a equipa de Lobo Xavier para o fazer”, mas “os impostos têm punido é a vida dos trabalhadores. Isso é o que está a destruir a capacidade da procura interna e do comércio e da vida económica das pessoas”, alertou.
O fundador do BE considerou ainda importante que as autárquicas sirvam para dar um “cartão vermelho ao populismo” remetendo para Luís Filipe Menezes, candidato do PSD/CDS à Câmara do Porto, como sendo o “rosto [no Porto] do populismo desta troika”. Porém, Louçã não deixou de sublinhar a necessidade de uma “esquerda fresca que vá à luta e não vire o combate à troika”.