Número de desempregados de longa duração dispara 24% e chega aos 321 mil
Desemprego registado pelo IEFP interrompeu descida dos últimos meses.
De acordo com os dados publicados no site do IEFP, entre os inscritos há, pelo menos, um ano (aqueles que nas estatísticas oficiais se enquadram na definição de desempregados de longa duração) houve um aumento de 23,6% em termos anuais. Já no caso dos desempregados registados há menos de 12 meses houve uma diminuição de 9,6%.
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De acordo com os dados publicados no site do IEFP, entre os inscritos há, pelo menos, um ano (aqueles que nas estatísticas oficiais se enquadram na definição de desempregados de longa duração) houve um aumento de 23,6% em termos anuais. Já no caso dos desempregados registados há menos de 12 meses houve uma diminuição de 9,6%.
Ao todo, o número de pedidos de emprego aproximou-se dos 880 mil, fazendo a conta às pessoas que estão a trabalhar mas à procura de um novo emprego e às pessoas que estão inscritas mas ocupadas ou indisponíveis temporariamente.
Os desempregados representavam 79% dos inscritos à procura de trabalho. Aumentaram em 3,2% (21.600 pessoas) em relação a Agosto do ano passado e em 1% face a Julho (quase 7000 pessoas).
Do total de pessoas que não encontram trabalho, 91% estavam à procura de um novo emprego – cerca de 633 mil –, enquanto outros 62 mil procuravam o primeiro emprego. Havia mais mulheres inscritas nos centros de emprego do que homens: enquanto a população masculina era de 334.700, a feminina rondava 360.290.
Em Portugal continental, o aumento mais expressivo ocorreu entre quadros superiores da Administração Pública (44% em relação a Agosto do ano passado), mas o peso deste grupo profissional no total dos desempregados representa uma fatia muito reduzida (160 pessoas entre os 660.975 desempregados do continente). Seguem-se os professores (dos ensinos secundário e superior), com um aumento de 26,4%, para 17.862 pessoas.
As profissões com maior número de desempregados eram, no entanto, o pessoal dos serviços e segurança (cerca de 85 mil), trabalhadores não qualificados dos serviços e comércios (cerca de 73.400), empregados de escritório (65.200) e trabalhadores da indústria extractiva e da construção civil (cerca de 53.600).
A evolução do desemprego nos dados do Eurostat – que cruza as estatísticas mensais do IEFP com os cálculos trimestrais do INE – mostra uma redução da taxa de desemprego pelo quinto mês consecutivo em Julho, altura em que o gabinete estatístico europeu apontava para uma taxa de 16,5% da população activa (equivalente a 878 mil pessoas sem emprego). O valor de Agosto só será conhecido a 1 de Outubro.