Strauss-Kahn vai ajudar a Sérvia a endireitar as suas finanças
Afastado da política, ex-patrão do FMI é agora conselheiro a tempo inteiro "nos quatro cantos do mundo"
“Temos um acordo de princípio e só falta resolver alguns detalhes técnicos”, disse Vucic à agência AFP. Em declarações à televisão estatal sérvia RTS, Vucic já tinha explicado que Strauss-Kahn será “um dos conselheiros do Governo” e irá trabalhar directamente com “o ministro das Finanças, eu próprio e o primeiro-ministro” Ivica Dacic.
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“Temos um acordo de princípio e só falta resolver alguns detalhes técnicos”, disse Vucic à agência AFP. Em declarações à televisão estatal sérvia RTS, Vucic já tinha explicado que Strauss-Kahn será “um dos conselheiros do Governo” e irá trabalhar directamente com “o ministro das Finanças, eu próprio e o primeiro-ministro” Ivica Dacic.
Strauss-Kahn “vai ajudar a Sérvia a reprogramar a sua dívida pública. Ele não está particularmente contente com aquilo que já viu do estado das nossas finanças, mas já propôs soluções”, disse Vucic.
Em 2011, Strauss-Khan demitiu-se do seu posto no FMI depois de ter sido acusado de violação de uma camareira num hotel de Nova Iorque. Actualmente ainda está a braços com a justiça francesa num caso em que é acusado de proxenetismo.
Vucic deixou claro que não tenciona pronunciar-se sobre a vida privada do ex-patrão do FMI e em tempos figura poderosa dos socialistas franceses. “A mim só me interessa os conhecimentos e o saber de homem que poderá ajudar a Sérvia”, disse.
Em finais de Julho, numa entrevista à televisão russa Rossia 24, Strauss-Khan disse que a política “era do passado” e que se iria dedicar exclusivamente às suas novas funções de conselheiro. “Hoje em dia já trabalho como conselheiro de governos e de grandes empresas em vários países, nos quatro cantos do mundo: na Rússia, em África, na América Latina”, explicou.
O que sabe da sua lista de patrões, para além da contratação por parte do Governo de Belgrado, é que Strauss-Khan foi nomeado membro do conselho de vigilância de duas instituições financeiras russas detidas maioritariamente pelo Estado: o fundo russo de investimentos directos e o Banco russo de Desenvolvimento das Regiões.