Prisão efectiva só para 6% dos incendiários florestais condenados

Entre 2007 e 2011 houve 280 condenações pelo crime de incêndio florestal, mostram os números do Ministério da Justiça. Quase metade dos arguidos foram sujeitos a penas de prisão suspensas

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Os números mais recentes do Ministério da Justiça mostram um total de 280 condenações, porém, só em 233 estão identificadas as penas aplicadas. Deste total, apenas 14 arguidos foram mandados para a cadeia. Quase metade do total, 113 pessoas, escaparam porque foram sujeitos a penas de prisão suspensas. Muitas vezes, sob a condição de se apresentarem às autoridades ou de se sujeitarem a acompanhamento psicológico. Os juízes optaram por decretar a multa em 35% dos casos e substituir a cadeia por uma prestação pecuniária em 5,6% das situações.

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Os números mais recentes do Ministério da Justiça mostram um total de 280 condenações, porém, só em 233 estão identificadas as penas aplicadas. Deste total, apenas 14 arguidos foram mandados para a cadeia. Quase metade do total, 113 pessoas, escaparam porque foram sujeitos a penas de prisão suspensas. Muitas vezes, sob a condição de se apresentarem às autoridades ou de se sujeitarem a acompanhamento psicológico. Os juízes optaram por decretar a multa em 35% dos casos e substituir a cadeia por uma prestação pecuniária em 5,6% das situações.

Este ano a PJ já deteve 59 pessoas por suspeitas de crime de incêndio florestal, 36 das quais ficaram em prisão preventiva. No ano passado, na mesma altura, havia menos 13 detidos e nas cadeias havia apenas 16 preventivos. Rui Almeida, responsável pelo Grupo Permanente de Acompanhamento e Apoio da PJ dedicado aos fogos, atribuiu o aumento a um reforço dos meios de investigação e ao aumento das ignições. "Na segunda quinzena de Agosto e na primeira de Setembro face ao número de ocorrências o director nacional deu instruções para as equipas serem reforçadas", refere. Vinte e cinco suspeitos foram detidos pela GNR.

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