Bombeiro de Miranda do Douro é oitava vítima mortal deste ano em incêndios florestais

Daniel Falcão estava internado no Hospital da Prelada há mais de um mês.

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Dato Daraselia

De acordo com Luís Pedro Martins, o bombeiro Daniel Falcão, que tinha ficado gravemente ferido no incêndio de Miranda do Douro a 1 de Agosto, não resistiu às queimaduras de segundo e terceiro grau que lhe afectaram entre 70 a 80% da superfície corporal.

Daniel Falcão foi um dos cinco bombeiros da corporação de Miranda do Douro envolvidos num incidente com uma viatura, que ardeu, no combate ao incêndio que lavrava em Cicouro. Na altura, o comandante da corporação, Luís Martins, descreveu à Lusa que os bombeiros foram surpreendidos por uma mudança brusca do vento e ficaram encurralados no meio do fogo, entre Cicouro e São Martinho de Angeira, junto à fronteira com Espanha.

Os cinco bombeiros ficaram feridos, dois com gravidade. Um deles era António Nuno Ferreira, de 45 anos, o primeiro bombeiro que morreu este ano no combate aos fogos. Daniel Falcão era o segundo e acabou por morrer ao início da noite desta sexta-feira por falência multiorgânica, elevando para oito o número de bombeiros que morreram no combate aos incêndios florestais deste ano.

Na quinta-feira morreu Fernando Reis, bombeiro de 51 anos, 26 deles ao serviço da corporação de Valença. Fernando Reis estava internado no Centro Hospitalar de Coimbra desde 29 de Agosto, dia em que ficou gravemente ferido no combate a um incêndio em Sanfins, naquele concelho. Foi traído pelo vento, que envolveu a viatura que conduzia e tentava salvar.

Na terça-feira tinha morrido Bernardo Cardoso, de 18 anos, o bombeiro de Carregal do Sal que ficou gravemente ferido a 29 de Agosto em Tondela, no incêndio que pintou de negro a serra do Caramulo. O jovem ficou com queimaduras em 55% do corpo, no mesmo dia em que morreu a bombeira Cátia Pereira Dias, de 21 anos, da mesma corporação.

A notícia da morte de Cátia Pereira Dias foi conhecida no mesmo dia em que se realizou o funeral do bombeiro do Estoril (Cascais), Bernardo Figueiredo, de 23 anos, que sucumbiu aos ferimentos resultantes de outro incêndio também no Caramulo. Neste local morreu também Ana Rita Pereira, de 24 anos, da corporação de Alcabideche (Cascais), a 22 de Agosto.

No início do mês, além de António Nuno Ferreira, morreu também Pedro Rodrigues, de 40 anos, da corporação da Covilhã.

Daniel Falcão é o 109.º bombeiro a perder a vida no combate a incêndios florestais desde 1980, segundo a contabilização feita por Duarte Caldeira, ex-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que está a elaborar um estudo sobre o assunto. Este ano, o número de bombeiros mortos nos fogos ultrapassa já em mais do que o dobro a média anual desde 1980, que é de três mortes. 2013 é já o segundo pior ano da última década a nível de vítimas mortais nos fogos. Desde 2003, apenas 2005 superou este número: morreram nesse ano 12 bombeiros nos fogos florestais, dos quais sete no combate directo às chamas.

Acompanhe o trabalho especial do PÚBLICO sobre incêndios e florestas e consulte as previsões do site de meteorologia do PÚBLICO.

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De acordo com Luís Pedro Martins, o bombeiro Daniel Falcão, que tinha ficado gravemente ferido no incêndio de Miranda do Douro a 1 de Agosto, não resistiu às queimaduras de segundo e terceiro grau que lhe afectaram entre 70 a 80% da superfície corporal.

Daniel Falcão foi um dos cinco bombeiros da corporação de Miranda do Douro envolvidos num incidente com uma viatura, que ardeu, no combate ao incêndio que lavrava em Cicouro. Na altura, o comandante da corporação, Luís Martins, descreveu à Lusa que os bombeiros foram surpreendidos por uma mudança brusca do vento e ficaram encurralados no meio do fogo, entre Cicouro e São Martinho de Angeira, junto à fronteira com Espanha.

Os cinco bombeiros ficaram feridos, dois com gravidade. Um deles era António Nuno Ferreira, de 45 anos, o primeiro bombeiro que morreu este ano no combate aos fogos. Daniel Falcão era o segundo e acabou por morrer ao início da noite desta sexta-feira por falência multiorgânica, elevando para oito o número de bombeiros que morreram no combate aos incêndios florestais deste ano.

Na quinta-feira morreu Fernando Reis, bombeiro de 51 anos, 26 deles ao serviço da corporação de Valença. Fernando Reis estava internado no Centro Hospitalar de Coimbra desde 29 de Agosto, dia em que ficou gravemente ferido no combate a um incêndio em Sanfins, naquele concelho. Foi traído pelo vento, que envolveu a viatura que conduzia e tentava salvar.

Na terça-feira tinha morrido Bernardo Cardoso, de 18 anos, o bombeiro de Carregal do Sal que ficou gravemente ferido a 29 de Agosto em Tondela, no incêndio que pintou de negro a serra do Caramulo. O jovem ficou com queimaduras em 55% do corpo, no mesmo dia em que morreu a bombeira Cátia Pereira Dias, de 21 anos, da mesma corporação.

A notícia da morte de Cátia Pereira Dias foi conhecida no mesmo dia em que se realizou o funeral do bombeiro do Estoril (Cascais), Bernardo Figueiredo, de 23 anos, que sucumbiu aos ferimentos resultantes de outro incêndio também no Caramulo. Neste local morreu também Ana Rita Pereira, de 24 anos, da corporação de Alcabideche (Cascais), a 22 de Agosto.

No início do mês, além de António Nuno Ferreira, morreu também Pedro Rodrigues, de 40 anos, da corporação da Covilhã.

Daniel Falcão é o 109.º bombeiro a perder a vida no combate a incêndios florestais desde 1980, segundo a contabilização feita por Duarte Caldeira, ex-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que está a elaborar um estudo sobre o assunto. Este ano, o número de bombeiros mortos nos fogos ultrapassa já em mais do que o dobro a média anual desde 1980, que é de três mortes. 2013 é já o segundo pior ano da última década a nível de vítimas mortais nos fogos. Desde 2003, apenas 2005 superou este número: morreram nesse ano 12 bombeiros nos fogos florestais, dos quais sete no combate directo às chamas.

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