Ministério estima que escolas percam 40 mil alunos até 2017

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Nelson Garrido

Em 2011-2012, o número de inscritos nos diferentes níveis de ensino era de quase 1,4 milhões de alunos (1.352.176), segundo o artigo “Modelo de previsão do número de alunos em Portugal – impacto do alargamento da escolaridade obrigatória”, da Direcção-Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC).

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Em 2011-2012, o número de inscritos nos diferentes níveis de ensino era de quase 1,4 milhões de alunos (1.352.176), segundo o artigo “Modelo de previsão do número de alunos em Portugal – impacto do alargamento da escolaridade obrigatória”, da Direcção-Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC).

Apontando o estudo para “um decréscimo estimado de cerca de 40 mil alunos entre 2011/12 e 2017/18”, está a falar-se de uma quebra de 3%. A diminuição vai fazer sentir-se, sobretudo, a partir de 2015/16, inclusive.

“Apesar do sucesso das medidas que fomentam a manutenção dos jovens no sistema de ensino, no que refere ao total de alunos, as previsões apontam para um decréscimo cada vez mais acentuado à medida que o efeito de onda resultante do alargamento da escolaridade obrigatória for sendo sobreposto pela quebra de cerca de dez mil novos alunos à entrada, nos últimos cinco anos”, diz a DGEEC.

Nem todos os níveis de ensino serão igualmente afectados: o 1.º e 2.º ciclos do básico perdem, nestes cálculos, 55 mil alunos. “No 3.º ciclo, o alargamento da escolaridade obrigatória já se tem vindo a fazer sentir desde 2009/10, prevendo-se um crescimento pouco expressivo em 2012/13 e um impacto crescente nos dois anos lectivos seguintes.”

No secundário, tal como no 3.º ciclo, também se estima que o número de alunos aumente no próximo ano lectivo e no seguinte, “em muito devido à consolidação de ofertas alternativas ao ensino regular, tais como modalidades de carácter vocacional, profissional ou tecnológico”. Mas, mesmo assim, as estimativas apresentadas dizem que, em relação a 2011, o secundário só deverá ganhar mais 11.500 alunos até 2017.

Os cálculos da DGEEC têm em conta o ensino público e privado e partem do pressuposto que “as condicionantes existentes em 2011/12” se mantêm.