A rua cor-de-rosa de Lisboa
A rua Nova do Carvalho, no Cais do Sodré, já é cor-de-rosa e, entre esplanadas, bares e discotecas, vai ter uma "galeria de arte ao ar livre"
Longe vão os tempos em que a cor dominante era dada pelo ambiente "luz vermelha". A cor agora é outra. A "revolução" dos dias e noites do Cais do Sodré, iniciada em 2011, transformou a zona e o seu epicentro, a Rua Nova do Carvalho, volta agora a assumir o cor-de-rosa como mote.
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Longe vão os tempos em que a cor dominante era dada pelo ambiente "luz vermelha". A cor agora é outra. A "revolução" dos dias e noites do Cais do Sodré, iniciada em 2011, transformou a zona e o seu epicentro, a Rua Nova do Carvalho, volta agora a assumir o cor-de-rosa como mote.
A rua já tinha sido pintada de rosa noutra ocasião mas, desta feita, o projecto é mais permanente: a partir de 5 de Setembro, a Rua Nova do Carvalho passa mesmo a "Rua Cor-de-Rosa".
É um "projecto de intervenção urbana", assinado pelo atelier do arquitecto José Adrião, e envolve a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação Cais Sodré, contando com o patrocínio de uma marca de vodka (Absolut, cuja denominação será usada na promoção do evento).
Apesar da contestação de grupos de moradores (as polémicas em redor do ruído, limpeza e segurança prosseguem), a Rua Cor-de-Rosa é já um facto. Um troço da rua tem o seu pavimento recuperado e pintado, passando a ostentar uma série de estruturas tipo mupis que criam uma "galeria de arte ao ar livre" (Absolut Pink Gallery). Para a estreia desta galeria, o artista convidado é o designer gráfico Ricardo Mealha. Seguem-se João Pedro Vale, Ana Pérez-Quiroga, Vasco Araújo e Rodrigo Oliveira. Será também promovido um concurso para jovens talentos.
O projecto, informam em comunicado, "insere-se na estratégia de reabilitação do bairro" e passa por "contribuir para a requalificação, recuperação e limpeza da rua", "facilitar a ordenação de esplanadas", "melhorar a iluminação" ou "potenciar novas valências de comércio e actividades em diferentes horários".
Desde a transformação da zona, a Rua Nova do Carvalho passou a ser o centro de uma nova movimentação alfacinha. Entre os espaços que se destacam contam-se, só na Nova do Carvalho, o bar da Velha Senhora (bar com toque burlesco), Povo (fado e petiscos), Sol e Pesca (o bar das conservas) e os bares-discoteca Roterdão, Bar do Cais, MusicBox, Europa,Jamaica, Tokyo ou outros clássicos como o Viking ou o Liverpool, além de restaurantes de culto como a Rosinha ou o popular Rio Grande. A coroar, aPensão Amor, com lojas, espaços criativos e bar. Por aqui, ainda a Casa Conveniente, teatro vivo de Mónica Calle.
A dois passos, tanto se pode dar um salto às festas do Copenhagen (rua de São Paulo) ou à Taberna Tosca (petiscos gourmet e mais) e ao recém-aberto Quiosque do Refresco no Largo de São Paulo (que ocupa o antigo quiosque do largo).
Entre os espaços próximos recentemente abertos contam-se o Sabotage(rock'n'roll) e o bar Castro Beer, ambos na rua de São Paulo; o Sodré Clube, especialista em cocktails "científicos" (na rua do Corpo Santo) ou o bar-restaurante Harlem (no Largo dos Stephens).