ONG diz que Assad faz "uso maciço" de bombas de fragmentação

São armas que se abrem depois de lançadas, fragmentando-se em pequenas munições que acertam no alvo e no que está à volta dele.

Foto
Um rapaz segura bombas de fragmentação que não explodiram em Alepo, Síria Hamid Khatib/Reuters

De acordo com o relatório, o regime sírio "fez uso maciço de bombas de fragmentação durante o segundo semestre de 2012 e o primeiro de 2013". Estas armas terão morto "pelo menos 165 das 190 vítimas" que morreram, nesse período em todo o mundo devido a estas armas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

De acordo com o relatório, o regime sírio "fez uso maciço de bombas de fragmentação durante o segundo semestre de 2012 e o primeiro de 2013". Estas armas terão morto "pelo menos 165 das 190 vítimas" que morreram, nesse período em todo o mundo devido a estas armas.

As bombas de fragmentação usadas na Síria são, "provavelmente", de origem russa e egípcia - diz o documento que avalia o uso destas armas em todo o mundo - que foram "provavelmente" fornecidas à Sìria no passado e foram agora usadas no conflito entre o regime de Damasco, um exército de oposição e uma série de grupos de guerrilheiros com agendas distintas.

Dezessete países, sobretudo na Ásia e na Europa, ainda produzem bombas de fragmentação ou reservam-se o direito de fabricá-las. Entre os países produtores apenas três (Estados Unidos, Israel e Rússia) utilizaram este tipo de armamento no passado.

A bomba de fragmentação (cluster bomb em inglês) abre-se pouco depois do lançamento e dispersa centenas de pequenas munições ou pequenas bombas de vários tipos que explodem no alvo e à volta dele.

"A utilização maciça destas armas de fragmentação matou inutilmente vítimas civis. A condenação geral da utilização destas armas proibidas no mundo mostra que é grande a estigmatização destas armas", disse Mary Wareham da organização não governamental Human Rights Watch.

A 4.ª Convenção dos estados que assinaram a interdição de produção, armazenamento e utilização de armas de fragmentação realiza-se de 9 a 13 de Setembro em Lusaca, na Zâmbia.